PM acusado de matar dois homens durante briga em bar é solto pelo Superior Tribunal de Justiça

05/08/2022 09h01


Fonte G1 PI

Imagem: TV Globo/ReproduçãoTribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), no Distrito Federal.(Imagem:TV Globo/Reprodução)Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), no Distrito Federal.

O cabo da Polícia Militar Manoel de Jesus Fernandes, de 51 anos, foi posto em liberdade por um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça nessa segunda-feira (1). Manoel foi preso em flagrante acusado de ter matado duas pessoas, balear um mototaxista e tentar ferir uma atendente durante uma briga em um bar no bairro Alto da Ressurreição, na Zona Sudeste de Teresina, em fevereiro de 2022.

Na decisão, o desembargador Olindo Menezes escreve que a prisão preventiva do policial "sustentou-se em decreto abstrato, cujos fundamentos não detalham nenhum fato concreto ocorrido, tampouco especifica os indícios de autoria e materialidade".

O policial foi preso em flagrante ainda no local do crime, em 25 de fevereiro, e teve sua prisão preventiva decretada no dia 28. Ele foi posto em liberdade nessa quinta-feira (4).

Duplo homicídio e duas tentativas de homicídio

Manoel de Jesus Fernandes, de 51 anos, foi indiciado por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio. Ele é suspeito de matar dois homens, balear um mototaxista e tentar ferir uma atendente durante uma briga em um bar no bairro Alto da Ressurreição, Zona Sudeste de Teresina.

O policial responde por duplo homicídio de Antônio Bernadino de Oliveira, de 48 anos e Deusimar Gomes Siqueira, de 43 anos, que foram baleados e morreram no local.

Ele responde ainda por duas tentativas de homicídio, contra um mototaxista, que foi baleado no braço, e contra a atendente do bar, que foi ameaçada. Ele teria ainda atirado na direção dela, mas o tiro não a atingiu.

O crime ocorreu em 25 de fevereiro de 2022. O fato aconteceu em um bar, localizado em frente à escola Mário Covas, na rua Professora Alcira de Carvalho, por volta da meia-noite. Manoel de Jesus – que estava de folga – chegou ao bar já alcoolizado e portando uma pistola 9 milímetros.

"No depoimento das testemunhas, elas relataram que ele chegou dizendo que era autoridade e que ia pipocar todo mundo ali, ameaçando o tempo todo. Ele já chegou bêbado",
disse o delegado Barêtta, coordenador do DHPP.

Ainda segundo o delegado Bruno Ursulino, responsável pela investigação, o cabo Manoel de Jesus enfrenta problemas com o álcool. Por este motivo, o policial foi afastado das atividades externas da corporação.

“Ele responde a vários processos administrativos e teve a arma confiscada. Atualmente, o cabo trabalhava no setor administrativo do 8º Batalhão da PM. No dia do crime, eles estava com uma arma de uso particular e de folga”
, explicou Bruno Ursulino.

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