Piauí lidera o Nordeste em rendimento e taxa de desocupação, aponta IBGE

19/08/2023 08h50

Fonte G1 PI

No segundo trimestre de 2023, o Piauí se destacou no Nordeste ao registrar o maior rendimento médio por pessoa na região, calculado em R$ 2.289, segundo recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a taxa de desocupação no estado caiu de 11,1% para 9,7%, superando a redução da média histórica.

Quanto ao rendimento, o Piauí está à frente de Sergipe (R$ 2.136) e do Rio Grande do Norte (R$ 2.131), que ocupam as primeiras posições. A média regional é de R$ 1.985.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a taxa de desemprego no Piauí atingiu a marca de 9,7%, mantendo-se estável em relação ao primeiro trimestre deste ano e ao mesmo trimestre do ano passado, quando foi de 9,4%. No total, aproximadamente 133 mil pessoas estavam desempregadas no estado durante esse período.

Essa redução no não resultou em um aumento correspondente no número de pessoas desempregadas, nem em um aumento subsequente na taxa de desemprego. Em vez disso, houve um crescimento no grupo de pessoas que não fazem parte da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estão mais buscando uma nova ocupação no mercado.

O número de pessoas fora da força de trabalho aumentou de 1,2 milhão no segundo trimestre de 2022 para cerca de 1,27 milhão no segundo trimestre de 2023. A redução no emprego foi mais notável nos seguintes segmentos:

a) ocupação por conta própria, com 49 mil pessoas a menos ocupadas;
b) emprego formal/informal, com 20 mil pessoas a menos ocupadas;
c) trabalho auxiliar familiar, com 13 mil pessoas a menos ocupadas.

O único segmento da economia com um crescimento da ocupação foi o que agrega os empregadores (empresários), que apresentou um aumento de 19 mil pessoas ocupadas. Em termos de atividade econômica, o setor que envolve a agropecuária foi o que mais perdeu trabalhadores, com 31 mil pessoas a menos ocupadas, queda de 19% no período.

Cenário em outros estados e no País

Quando se trata da taxa composta de subutilização da força de trabalho, o Piauí (39,7%) liderou o ranking, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas foram registradas em Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%) e Mato Grosso (7,6%).

A taxa de desemprego nacional no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do mesmo ano (8,8%) e 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).

Comparado ao trimestre anterior, a taxa de desemprego diminuiu em quatro das cinco grandes regiões do país, permanecendo estável no Sul. Além disso, houve uma redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 se mantiveram estáveis. O Nordeste continuou com a maior taxa (11,3%), enquanto o Sul deteve a menor (4,7%).

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