Piauí fortalece protagonismo nacional com adesão ao Plano Juventude Negra Viva
23/12/2025 09h00Fonte Governo do Piauí
O ano de 2025 marcou um capítulo decisivo na luta por direitos, reparação histórica e enfrentamento ao racismo no Piauí. Com a adesão ao Plano Juventude Negra Viva (PJNV) – política federal coordenada pelo Ministério da Igualdade Racial – o estado colocou a juventude negra no centro da agenda pública e consolidou-se como referência nacional na implementação da iniciativa.A entrada do Piauí no PJNV representou mais do que um ato político. Foi o início de um processo que reposiciona o estado como território de construção coletiva, diálogo interseccional e enfrentamento às desigualdades raciais que impactam milhares de jovens. Ao longo de 2025, a execução inicial do plano mobilizou gestores, movimentos negros, universidades, especialistas e juventudes de diferentes regiões.
No centro desse processo está Sarah Ferreira, 22 anos, estudante de Pedagogia da UFPI e Articuladora Estadual do Juventude Negra Viva. Com forte atuação em direitos humanos, ela é, hoje, uma das principais lideranças responsáveis por traduzir o plano à realidade piauiense, conduzindo mobilizações, diálogos e etapas de participação social.
Imagem: Gabriel Paulino
Sarah Ferreira, 22 anos, estudante de Pedagogia da UFPI e Articuladora Estadual do Juventude Negra Viva.
Sarah Ferreira, 22 anos, estudante de Pedagogia da UFPI e Articuladora Estadual do Juventude Negra Viva.“O Juventude Negra Viva é o maior pacote de políticas públicas interseccionais voltadas à reparação, justiça social e enfrentamento ao racismo. Ele chega diretamente às estruturas racistas que ainda operam na sociedade e que afetam a juventude negra. Não se trata apenas de garantir dignidade e qualidade de vida: é iniciar um processo de reparação e caminhar para desmontar estruturas históricas de racismo. Agora estamos no momento de consulta e participação social. A juventude preta precisa saber que este plano representa um avanço profundo na forma como o Estado conduz suas políticas”, destaca a articuladora.
Lançado pelo Governo Federal, o Juventude Negra Viva reúne 217 ações distribuídas em 11 eixos, envolvendo 18 ministérios. O plano orienta estados e municípios na implementação de medidas intersetoriais nas áreas de segurança, educação, cultura, saúde, memória, cidadania e desenvolvimento social.
“É uma honra estar na linha de frente como articuladora. Como mulher preta e jovem, sei das dificuldades que enfrentamos. Temos desafios importantes: garantir implementação, orçamento e estrutura para que o plano aconteça de fato. Também precisamos ampliar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a sociedade civil”, pontua Sarah Ferreira.
Em 2025, o Piauí avançou na fase de pactuação, consultas públicas e organização das primeiras frentes de trabalho. O plano inaugura uma mudança estrutural na forma como o estado reconhece, acolhe e promove direitos para jovens historicamente vulnerabilizados.
“Mas temos grandes potências: o Piauí foi um dos primeiros estados a aderir ao plano; a Cojuv, a Superintendência de Igualdade Racial e outras pastas estão comprometidas com essa pauta. Os municípios serão essenciais, porque cada território tem suas próprias demandas. Os movimentos negros também estão conosco, é uma construção coletiva. Isso nos dá força e projeções muito positivas”, finaliza a articuladora.








