PI: Orçamento 2023 prevê receita de R$ 15,6 bi e despesas focam em Assistência e Previdência Social

08/11/2022 08h54


Fonte G1 PI

As secretarias de Estado do Planejamento (Seplan) e da Fazenda (Sefaz) do Piauí apresentaram nesta segunda-feira (7) o Projeto da Lei Orçamentária Anual 2023 (PLOA) aos deputados da Comissão de Constituição e Justiça, da Assembleia Legislativa (Alepi), iniciando a fase de apreciação e ajustes do documento.

A receita líquida do Piauí para 2023 é de R$ 15,6 bilhões, com aumento de 0,03% em relação a 2022. Assistência e Previdência Social representam 18,4% das despesas do governo, o maior percentual entre os setores. A pasta é seguida por Educação (14,8%), Encargos Especiais (14,4%), Saúde (13,9%), Administração (12,1%), Demais Poderes (11,5%), Segurança Pública (7,6%) e outras funções (7,3%).
Imagem: Reprodução/CCom.  Despesas por área de governo no Piauí. (Imagem: Reprodução/CCom. ) Despesas por área de governo no Piauí.

“Fizemos um trabalho de distribuição do orçamento de modo que tivéssemos um aumento na área da Assistência Social, em razão do crescimento da pobreza e dos grupos em vulnerabilidade social depois de perderem as suas estratégias de sobrevivência. A área teve acréscimo de recurso prevendo trabalhos e programas, até de transferência de renda, para esta população”, destacou a secretária de Planejamento, Rejane Tavares.

A secretária explicou também que a redução da alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) sobre combustíveis e energia freou o crescimento orçamentário em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) elaborada em abril de 2022.

“De setembro até agora, deixamos de receber cerca de R$ 125 milhões de arrecadação do ICMS por mês. Com isso, tivemos que diminuir nossos níveis de investimento e trabalhar com uma distribuição orçamentária que privilegia as áreas de prestação de serviços à população”,
relatou Rejane Tavares.

Apesar disso, ela destacou que as perdas principalmente em setores de investimentos, podem ser suplementadas em 2023. Isso porque, depois do balanço de 2022, espera-se um superávit relativo a algumas obras que não foram concluídas e que deixam recursos para a sua conclusão.

“Além disso, temos um trabalho de elaboração de novas operações de crédito que estão vinculadas a estas áreas e que podem ter acréscimos no próximo ano”,
acrescentou.

Prazo para proposição de emendas

Os parlamentares terão até 21 de novembro para apresentar suas emendas e aprovar o documento final em 5 de dezembro. O deputado Franzé Silva, relator da matéria na Alepi, destacou que este é o momento para que poderes, órgãos e setores interessados da sociedade apresentem propostas de emendas.

“Nós iniciamos o processo de debate com audiência pública, um momento de socialização dos dados feita pela equipe econômica contemplando cada poder, órgãos, interesses da sociedade em termos de investimentos. A partir da apresentação dos dados, abrimos um período até o dia 21 de novembro para que sejam apresentadas emendas, que serão analisadas junto à equipe econômica. Vamos analisar, principalmente, essas áreas estratégicas da sociedade. As propostas serão apreciadas com muito respeito, porque sabemos que é onde a sociedade quer retorno do estado”,
disse.

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Tópicos: emendas, setores, sociedade