PI devolveu R$ 12 mi e fraude pós-óbito é a mais detectada
11/02/2019 09h35Fonte CidadeVerde.com
Imagem: Roberta AlineClique para ampliar
Ney Ferraz, Gerente Executivo do Instituto Nacional do Seguro Social.
Ney Ferraz, Gerente Executivo do Instituto Nacional do Seguro Social.O Gerente Executivo do Instituto Nacional do Seguro Social, Ney Ferraz, revela que o Piauí é o 3º Estado do Brasil que mais ressarciu à União valores de benefício pagos ilegalmente em 2018. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam a 1ª a 2ª colocação, respectivamente, no ranking de restituição dos recursos aos órgãos públicos. O dado é do setor específico de investigação contra fraudes e ilegalidades do INSS.
Segundo o INSS, em 2018 o Piauí devolveu à União R$12,5 milhões de benefícios ilegais e proporcionalmente é “em disparado” o estado brasileiro que ressarce os cofres públicos. Em entrevista ao Cidadeverde.com, Ney Ferraz conta que a principal fraude detectada pelo INSS é o pagamento de pensão pós-óbito, onde familiares continuam recebendo de forma ilegal o pagamento de beneficiários falecidos.
O gerente ressalta que a parceria com bancos e a Polícia Federal é fundamental para identificar e coibir a prática. Microfilmagens de agências bancárias ajudam na investigação porque revelam quem foi o autor dos saques indevidos.
“O beneficiário morre e a família continua recebendo o benefício, o que é um absurdo. Não adianta criticar político corrupto e praticar corrupção dentro de casa. A fraude pós-óbito é a mais fácil de detectar. A gente descobre, através do reconhecimento de vida que é feito anualmente, que a pessoa está morta, descobre quando, através do cartório, e após isso a gente faz os pedidos nos bancos, por isso a parceria com os bancos privados e públicos é fundamental porque a gente consegue a microfilmagem de quem sacou todos os meses esse benefício, mandamos para a Polícia Federal, que identifica e mandamos depois para o MPF processar criminalmente a pessoa e ao mesmo tentar ressarcir o valor devido”, explica Ney.
Ney Ferraz ressalta que os falsos beneficiários devem negociar o ressarcimento dos valores sacados indevidamente e serão denunciados criminalmente. “Ou ele vem e negocia ou quando se aposentar ele vai pagar. Não adianta que vai ter que ressarcir os órgãos públicos de qualquer jeito”, assegura o gerente do INSS. Ele cita um caso emblemático onde um idoso que reclamou ao INSS que havia acabado de se aposentar e parte do seu vencimento estava sendo descontada de “forma errada”.
“Um senhor questionou que ele tinha se aposentado e que já tinham feito um consignado no nome dele, uma fraude no benefício dele. Peguei os dados e fui investigar o caso dele. Muitos anos atrás ele recebia ilegalmente a aposentadoria da mãe, isso por três ou quatro anos. O CPF dele ficou sujo. Quando ele se aposentou o INSS começou as descontar 30% em cima do benefício dele. Na verdade ele tinha feito um crime federal e não se lembrava mais”, conta Ney.
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