PI: "Dado reflete mudanças feitas este ano", diz delegado-geral sobre 1ª queda nas mortes violentas

17/08/2023 13h40


Fonte G1 PI

O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí (PCPI), Luccy Keiko, afirmou que a 1ª queda semestral no número de mortes violentas dos últimos 4 anos, registrada pelo Monitor da Violência, reflete as mudanças feitas no órgão este ano, que, segundo ele, deram mais efetividade ao trabalho da polícia no estado.

O dado, que inclui homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, foi levantado pelo g1, após solicitação, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, e divulgado nesta quinta-feira (17).

O número do primeiro semestre de 2023 apresenta uma queda de 0,5% no número total em comparação com o mesmo período de 2022. A diferença foi de dois casos: entre janeiro e julho de 2022 foram registrados 375 mortes violentas e, no mesmo período de 2023, foram 373.

"Esses dados são muito satisfatórios. Refletem justamente um trabalho feito pela Secretaria de Segurança com suas forças, polícias Civil e Militar, desde o início do ano. Se a gente olhar mês a mês, nos três primeiros, enquanto organizávamos, tivemos um aumento, mas a partir de abril conseguimos reverter isso e tivemos esse decréscimo"
, disse o delegado-geral.
Imagem: Lucas Pessoa/G1 PIDelegado Geral, Luccy Keiko.(Imagem:Lucas Pessoa/G1 PI)Delegado Geral, Luccy Keiko.

Luccy Keiko afirmou que a tendência é que a redução seja ainda maior nos próximos meses. "Se formos colocar os dados mais recentes, até hoje, estamos com uma redução de, aproximadamente, 5%. São de 25 a 30 mortes a menos até hoje", explicou.

O gestor informou que dentre as ações que contribuem para isso estão: reforço do policiamento ostensivo; atuação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) no combate a facções e o trabalho do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa na resolução de inquéritos.

Conforme o delegado-geral, a maioria das mortes violentas são entre membros de grupos criminosos em atos de "disciplinação" dentro desses mesmos grupos, vingança ou em disputas por território de atuação.

"É uma maioria significativa. Quando há morte violenta de alguma pessoa que não tem envolvimento com o crime, geralmente é um latrocínio [roubo seguido de morte]",
explicou Luccy Keiko.

O gestor disse ainda que sentiu uma redução no número de crimes praticados por reincidentes, pessoas que possuem passagem pelo mesmo crime ou por outros. "O secretário de Justiça me disse que está com mais de 6 mil presos e procurando construir outros presídios. Isso mostra que criminosos habituais estão com dificuldades de ser postos em liberdade", pontuou.

O Monitor da Violência é um projeto exclusivo do g1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Jornalistas do g1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Veja mais notícias sobre Piauí, clique em florianonews.com/piaui

Tópicos: morte, dados, delegado geral