"Onda" de pesquisas eleitorais dificulta avaliação do eleitor, diz cientista polÃtico
18/11/2025 08h49Fonte G1 PI
Imagem: Roberto Pallu/Arquivo Pessoal
Pesquisas eleitorais
Pesquisas eleitoraisUm número elevado de pesquisas eleitorais pode gerar desconfiança e dificultar a compreensão por parte dos eleitores, segundo especialistas. Nas Eleições 2024,Teresina foi a capital que mais registrou pesquisas de intenção de voto, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao todo, foram 51 levantamentos, ultrapassando São Paulo e Rio de Janeiro, que juntos registraram 44.
Em entrevista à TV Clube, o cientista político Vitor Sandes afirmou que, apesar dos avanços nas pesquisas, o excesso de informações pode confundir e provocar efeitos contrários na população.
"Temos dois lados. Por um lado, quanto mais informações nos temos acesso, mais os cidadãos tem capacidade de balizar suas opiniões, entender como a sociedade tem pensado e se posicionar. Por outro, quanto mais pesquisas, mais informações, mais o eleitor pode ter uma dificuldade de diferenciar o que é uma boa ou uma má informação", relatou à TV Clube.
Segundo o TSE, é permitido realizar pesquisas fora do período eleitoral. Porém, elas devem informar a metodologia, o tamanho da amostra, a margem de erro, o período de coleta e o contratante, para evitar que enquetes disfarçadas.
O Procurador Regional Eleitoral do Piauí, Kelston Pinheiro Lages, informou que o abuso de pesquisas, ainda que no ano anterior, pode ser considerado abuso de poder econômico e impactar o registro de candidaturas.
"Aquelas pesquisas que são fraudulentas, inclusive a legislação prevê como crime, serão devidamente combatidas. A lei prevê a necessidade de pesquisas eleitorais obedecendo todos aqueles critérios", relatou
A população se divide entre quem confia nas pesquisas e as considera na hora de votar, e quem acredita que há manipulação nos resultados.
“É tudo manipulado. Eles inventam quem está na frente, mas na verdade essa pessoa perde”, disse um morador.
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