No cerrado piauiense, irregularidade da chuva atrasou o calendário agrícola

07/04/2024 10h34

Fonte ClubeNews

De longe, a chuva parece regar a extensa plantação de grãos em uma fazenda na zona rural de Sebastião Leal, no Sul do Piauí. São mais de 15 mil hectares destinados ao cultivo de soja. Parte de safra já foi colhida, mas o produtor não está muito animado com a produção deste ano.

O produtor, Paulo Dalton, cita que as chuvas tardias e a quantidade delas no início do plantio atrapalharam na produção. “Neste ano, a gente vai colher de 10% a 15% menos que no ano passado. E de 20% a 25% menos do que estava previsto para colher”, comenta em entrevista ao Clube Rural, da TV Clube.

As variações climáticas provocaram chuvas irregulares e interferiram na produção agrícola, como no atraso do plantio. Por exemplo, o milho safrinha que seria plantado em fevereiro só foi concluído em março. Isso vai comprometer a colheita.

“Nosso plantio de safrinha ficou muito tarde. Inclusive, agora, nós ainda estamos plantando sorgo; já era para ter terminado dia 10. Por isso, este ano, a gente dividiu: um pouco de milho, um pouco de sorgo e o restante de milheiro”, disse Dalton.

O Piauí é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Em 2023, bateu recorde de exportação com quase R$ 100 milhões a mais que as vendas no ano de 2022.

Isso faz com que o agronegócio seja um fator importante no desenvolvimento econômico e social do estado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima o aumento de 4% chegando a mais de 6 mil toneladas.

A estratégia para reduzir as perdas na produção e na colheita é o investimento em maquinários. “No passado, a gente tinha que ir até a máquina, parar, e regular. Hoje, nós temos uma máquina automatizada, que detecta a perda, diz onde está (o problema), e você pede para a máquina reparar”.

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