Museu do Mar e Praça da Terra Santa revitalizam turismo e fortalecem identidade de Parnaíba

14/08/2023 09h26


Fonte ClubeNews

Imagem: Museu do Mar/Walter FonteneleMuseu e praça dão senso de pertencimento aos parnaibanos.(Imagem:Museu do Mar/Walter Fontenele)Museu e praça dão senso de pertencimento aos parnaibanos.

O município de Parnaíba, situado na região litorânea do Piauí, completa 179 anos nesta segunda-feira (14). A cidade é conhecida por seus pontos turísticos: além da Praia da Pedra do Sal, o Porto das Barcas e a Lagoa do Portinho estão entre os mais famosos e visitados.

Entretanto, dois lugares recentemente incluídos na rota turística da Capital do Delta também movimentam a economia e despertam um senso de identidade, pertencimento e até religiosidade nos cidadãos parnaibanos: o Museu do Mar e a Praça da Terra Santa.

Localizado no Complexo do Porto das Barcas, o Museu do Mar, conforme o próprio estabelecimento, “foi construído para a valorização cultural, histórica e ambiental do único Delta em mar aberto das Américas”.

Composto por cinco acervos – Homem do Delta, Natureza do Delta, Navegando no Delta, Teatro Benjamim Santos e Parque das Ruínas –, o museu conta com produtos artesanais confeccionados por comunidades ribeirinhas; réplicas em tamanho original de espécimes da fauna e flora locais; embarcações construídas por pescadores; espetáculos teatrais, exibições de filmes e atividades formativas; e apresentações artísticas, eventos privados e momentos de lazer.

Segundo o diretor Ryck Costa, a instituição registra uma média de quase sete mil visitantes por mês, na baixa temporada, e cerca de 25 mil durante as férias de início, meio e fim do ano.

“Atendemos à população nas vertentes de arte, cultura, patrimônio e turismo. Temos uma abordagem pedagógica, pois não se trata de uma coleção tradicional, na qual há contextos históricos de figuras fundadoras ou colonizadoras, mas inclui os saberes das comunidades e apresenta um recorte de educação social e ambiental”, aponta.

A acadêmica de História, Evelin Nunes, faz parte do núcleo de pesquisa mantido pelo museu em parceria com universidades públicas e faculdades particulares de Parnaíba. Desde janeiro, colabora no acolhimento aos visitantes, em especial os de outros estados e países, e conduz estudos sobre os acervos disponíveis.

“Explico aos turistas, mas também aos parnaibanos, a respeito dos papéis assumidos pelos ribeirinhos, marisqueiros, catadores de caranguejo, pescadores do rio e do mar e estaleiros, que constroem a identidade parnaibana. É difícil nascer na região e não se identificar com alguma dessas personagens”, ressalta.

Já a Praça da Terra Santa foi construída em um terreno baldio em frente à Paróquia de São Sebastião, na avenida de mesmo nome, a mais movimentada da cidade. O lugar reúne esculturas em tamanho real de momentos significativos da vida de Jesus: a Anunciação, a Natividade, o encontro com a samaritana, a Santa Ceia e uma réplica do Cristo Redentor, com impressionantes 16,5 metros de altura.

Idealizada pela gestão municipal, a decoração tem a assinatura do escultor Charles Santeiro, referência em arte sacra no litoral piauiense. Três décadas antes, o artista foi responsável por homenagear Parnaíba com uma exposição de 150 imagens de santos católicos no Porto das Barcas.

Apesar de a praça já ter sido inaugurada e receber, em média, dois mil visitantes por dia, Charles afirma que esculpirá, até dezembro, a Via Sacra e quatro atos do Sermão da Montanha. Ele enfatiza que as obras não servem apenas ao propósito turístico, mas representam o sentimento religioso dos parnaibanos.

“Os visitantes observam as imagens e refletem, elevam o espírito. Sentem o que nasceu de dentro do escultor e da própria Palavra de Deus. Faço isso para engrandecer o nome de nossa cidade”, destaca.

A deputada estadual Gracinha Mão Santa, secretária de Infraestrutura à época da construção, confirma a percepção do artista e reforça a união entre a espiritualidade e o crescimento econômico de Parnaíba.

“[A Terra Santa] transcende sua função física como espaço público. É um monumento vivo à dedicação da comunidade em preservar sua herança religiosa e cultural. Um farol de fé e unidade que interliga religião, economia e identidade”, acrescenta.

Endereços, horários e outras informações:

Museu do Mar


Merval Veras, 300 – N. Sra. Do Carmo, Parnaíba – PI, 64200-030;
Terça a sábado: 8h às 21h;

Domingo: 15h às 21h;

Segunda: Fechado;

Ingresso: R$ 10 (meia-entrada: R$ 5).

Praça da Terra Santa

Av. São Sebastião – Nossa Sra. de Fátima, Parnaíba – PI, 64208-015;

Segunda a domingo: 8h às 21h;

Entrada gratuita.


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Tópicos: museu, visitantes, parna?ba