Mulheres alegam número de filhos e fator financeiro para laqueadura no PI
02/06/2016 07h29Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoClique para ampliar Escolha pela esterilização pode gerar arrependimentos no futuro.
Escolha pela esterilização pode gerar arrependimentos no futuro.
 Escolha pela esterilização pode gerar arrependimentos no futuro.
Escolha pela esterilização pode gerar arrependimentos no futuro.A quantidade de mulheres que procuram por cirurgias de laqueadura ainda é bastante alta na região Nordeste e no Piauí a realidade não é diferente. Apesar de não existir uma estatística oficial, os médicos piauienses apontam que o número desse tipo de procedimento por aqui é maior do que na região Sul do país.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM-PI), desde 1996 existe a Lei da Esterilização. Ela exige que os médicos esclareçam aos casais sobre os reflexos de uma laqueadura ou uma vasectomia, a última, no caso, feita em homens. Eles devem ser estimulados a assinar um termo de consentimento que só entra em vigor 60 dias depois de reconhecida firma em cartório.
Segundo os profissionais, entre os motivos mais alegados para justificar a cirurgia no Piauí estão o número de filhos e os fatores econômicos. O grande número, sobretudo em mulheres ainda jovens, preocupam os médicos e por isso eles destacam que tomar a decisão de fazer uma esterilização cirúrgica não deve ser um ato tão simples.
"As pacientes alegam quantidade de filhos e condições financeiras de dar o sustento à família, mas de forma alguma a decisão deve ser embasada única e exclusivamente nisso. O profissional médico e os demais da área da saúde devem ter o papel de desestimular essa paciente a fazer uma esterilização cirúrgica", falou o obstetra Jailson Lima.
Segundo ele, o profissional deve informar a existência dessa opção, mas jamais colocá-la como método de primeira escolha das pacientes. O contrário só deve ocorrer em casos de mulheres que possuam alguma doença que ofereça risco à vida em caso de uma possível gestação futura.
Tomar a decisão de fazer a laqueadura ainda cedo pode gerar arrependimentos no futuro. Foi o que aconteceu com a advogada Justina Vale, que resolveu fazer o procedimento logo após ter a segunda filha. Só que o casamento acabou e ela entrou em outro relacionamento, mas não pode mais ter outros filhos com o novo parceiro.
"Minha decisão foi tomada a partir do momento que eu engravidei da segunda filha. Eu já tinha certeza que seriam só duas, mas com medo de arrependimento. [Se pudesse voltar no tempo] eu não teria feito, porque foi uma decisão tomada no calor da emoção, na sala de cirurgia", disse.
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