MP pede que prisão de suspeitos durante apreensão de uma tonelada de cocaína seja mantida

31/12/2019 08h04


Fonte G1 Piauí

Na tarde desta segunda-feira (30), o Ministério Público do Piauí entrou com um pedido de reconsideração da decisão que soltou os presos suspeitos durante a apreensão de uma tonelada de cocaína e de duas aeronaves em Teresina e em Timon, no Maranhão, no dia 10 de dezembro deste ano.

O desembargador José de Ribamar Oliveira, na última quinta-feira (26), decidiu soltar André Luís de Oliveira Cajé Ferreira, Vagner Farabote Leite e Alexandro Vilela de Oliveira, três das setes pessoas presas durante as apreensões. O magistrado argumentou que não havia fatos necessários para a prisão em flagrante.

Entretanto, o MP alegou que há elementos suficientes para o mantimento da prisão. Além disso, o órgão argumentou que um dos suspeitos já é reincidente, pois foi verificado que André Luiz Cajé Ferreira possui um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça de São Paulo, também pelo crime de tráfico de drogas.

O Ministério Público pede ainda que seja expedido um mando de prisão preventiva contra os suspeitos, devido a permanência de todos os requisitos necessários.

As apreensões e prisões
A Polícia Civil do Piauí apreendeu uma quantidade de R$ 12 mil, duas aeronaves e mais de uma tonelada de cocaína pura no dia 10 de dezembro deste ano. Sete pessoas foram presas. As prisões aconteceram também em dois hotéis e em uma quitinete na Zona Norte de Teresina. A apreensão dos entorpecentes aconteceu em diversos pontos da capital. Segundo a Secretaria de Segurança, tratou-se da maior apreensão de cocaína na história do estado.

A polícia ainda informou que João da Cruz Marques, um dos presos, tentou comprar um sítio na Zona Leste de Teresina com esmeraldas, mas a imobiliária estranhou a forma de pagamento e local foi apenas alugado para o homem.

Os mais de mil quilos de cocaína apreendidos foram incinerados em uma cerâmica situada na Zona Sul de Teresina no dia 13 de dezembro. A Polícia Civil informou que a incineração foi feita logo para evitar que um contingente de policiais fosse usado apenas para vigiar a droga.