Mãe promove ação solidária em homenagem a filha transplantada que morreu por complicações da Covid

17/10/2022 08h28


Fonte G1 PI

A autônoma Maria Raimunda realizou uma ação solidária no dia 13 de outubro de 2022 em uma escola no povoado Estaca Zero, Zona Rural de Teresina. A data foi escolhida em homenagem ao dia em que o corpo de sua filha, Marina Lima Teixeira, aceitou o transplante de medula óssea, doada por um britânico.

A mãe conta que a ação solidária era uma vontade da filha. Marina morreu 8 meses depois que sua medula aceitou o transplante, vítima de complicações de Covid-19. Mesmo assim, sua mãe fez questão de realizar o sonho da filha.
Imagem: Arquivo Pessoal/Maria RaimundaMãe promove ação solidária no Piauí em homenagem à filha transplantada que morreu por complicações da Covid.(Imagem:Arquivo Pessoal/Maria Raimunda)

"Quando estava doente, Marina disse que comemoraria seus 26 anos de idade em agosto de 2022, dia do seu nascimento, e seu aniversário de renascimento, dia 13 de outubro, quando seu corpo aceitou o transplante. Ela queria fazer uma ação social beneficente para pessoas carentes", afirma Raimunda.

Marina foi diagnosticada com Leucemia em janeiro de 2021, e faleceu em junho de 2022. Ela tinha 25 anos, um filho de 3 anos e havia se formado recentemente em Engenharia Civil. Ela e a família são naturais de Teresina.

Segundo a mãe de Marina, depois de descobrir a doença, despertou na jovem a vontade de atuar como promotora de eventos e fazer ações sociais para pessoas carentes.

"Marina era pura alegria. Ela era a festa. Gostava de fazer todos rirem, gostava de fazer bolo de festa, organizar as reuniões de família, ela deixou um legado muito lindo. Faz 4 meses que ela se foi, mas uma forma de manter ela viva é realizar seus sonhos, isso também me dá forças para continuar. Por ela. Essa ação social é só a primeira dos muitos anos que virão",
enfatiza a mãe.
Imagem: Arquivo Pessoal  Mãe promove ação solidária em homenagem à filha transplantada que morreu por complicações da Covid.(Imagem:Arquivo Pessoal ) Mãe promove ação solidária em homenagem à filha transplantada que morreu por complicações da Covid.

Amigos e parentes de Marina ajudaram a realizar o evento, e "instituíram" o "Dia de Marina" no dia 13 de Outubro, uma data em que pretendem realizar ações solidarias, como distribuição de cestas básica, brinquedos e para pessoas carentes.

Centenas de pessoas ajudaram na ação doando brinquedos e valores para custear o evento. Além disso, a Maria Raimunda planeja realizar ações de conscientização para a importância da doação de medula óssea, atitude que salvou a vida de Marina.

Luta pela vida
Imagem: Arquivo Pessoal  Mãe promove ação solidária em homenagem à filha transplantada que morreu por complicações da Covid.(Imagem:Arquivo Pessoal )

Quando Marina foi diagnosticada com Leucemia, os médicos logo descobriram que seria necessário ela passar por um transplante de medula óssea. Ao longo de 7 meses seguintes, ela passou por sessões de quimioterapia, até que em julho de 2021, chegou a noticia de que um doador havia sido encontrado em Londres, na Inglaterra.

O transplante foi realizado em Recife (PE) no dia 1º de outubro, e no dia 13 o médico informou a família que a medula tinha sido aceita pelo corpo de Marina. A data ficou marcada como o "renascimento" de Marina. A mãe e a irmã de Marina, Mariana Teixeira, tatuaram a data 13/10/21 em homenagem à ela.

"Quando finalmente tudo deu certo e o transplante foi um sucesso, foi uma alegria sem tamanho. Depois de toda a rotina de tratamento da doença, nossa filha havia vencido",
contou a mãe.

Marina ainda precisou ficar 5 meses em Recife, e somente no final de Janeiro de 2022 ela retornou para casa, em Teresina. Dias depois, por causa de uma tosse, Marina fez um teste, que revelou que ela estava com Covid-19.
Imagem: Arquivo Pessoal  Marina grávida de seu filho Ravi, em Teresina - Piauí.(Imagem:Arquivo Pessoal ) Marina grávida de seu filho Ravi, em Teresina - Piauí.

No final de fevereiro ela foi levada com urgência para Recife, em estado grave de saúde, com 75% dos pulmões comprometidos. Marina então sofreu uma serie de complicações.

"Ela foi internada na UTI e passou 12 dias, depois mais 27 dias no hospital se recuperando. Nós alugamos um apartamento e eu fui pra Recife, passamos o Dia das Mães juntas, conversávamos, brincávamos, a gente planejava mil coisas. Depois, ela teve uma alergia, foi pro hospital e em junho faleceu",
contou Maria Raimunda.

Para Maria Raimunda os sonhos de Marina permanecem vivos e lhe dão forças para seguir acreditando na vida. Ela garante que o Dia de Marina, no dia 13 de outubro, será sempre comemorado pela família como uma data para se celebrar o amor e a caridade.
Imagem: Arquivo Pessoal  Mãe promove ação solidária em homenagem à filha transplantada que morreu por complicações da Covid.(Imagem:Arquivo Pessoal )

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Tópicos: filha, marina, transplante