Mãe com dificuldades para engravidar, adota criança e descobre gravidez

13/05/2019 08h08


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarMãe com dificuldades para engravidar, adota criança e descobre gravidez.(Imagem:Divulgação)

O grande desejo do casal Tatiana Dantas e Fábio Rocha era ter um filho. Apesar de fisicamente encontrar-se em plenas condições para engravidar, questões psicológicas a impediam de realizar esse desejo.

Disposta a tudo para ser mãe, depois de muitos impasses, ela conseguiu convencer o marido a adotar uma menina.

Para a surpresa do casal, após três meses da adoção da pequena Madalena, que possuía três dias de vida, Tatiana começou a sentir muito sono e a notar que algo estava diferente. Ao procurar um médico, ela recebeu a grande notícia: estava grávida.

Neste dia das Mães, Tatiana passa o domingo acompanhada de Madalena e grávida de sete meses de um menino que recebeu o nome de Hugo. A mãe que desejava apenas ter um filho, relata as mudanças que a maternidade de dois pequenos, de forma inesperada, trouxe para sua vida.

“Já tentava ser mãe há muito tempo. Eu sabia que podia engravidar, mas não conseguia por causa de um tratamento com ansiolíticos. Tratava uma ansiedade e uma depressão. O desejo fora do normal de ser mãe e o estresse causado por isso, fez com que eu tivesse a dificuldade maior. Então comecei a pensar em adotar uma menina. Consegui adota minha filha com três dias de nascida. Ela foi abandonada no hospital pela mãe que era usuária de drogas. Eu fiquei como mãe cuidadora e depois o juiz autorizou a adoção. Foi em pouco tempo que tudo mudou na nossa vida e para a melhor”, relata.

A situação de risco em que se encontrava a pequena Madalena fez com que Tatiana enfrentasse a resistência inicial do marido e conseguisse adotar a criança. Ela afirma que o processo de adoção ocorreu fora do normal, já que foi muito rápido comparada a toda burocracia enfrentada por outras famílias que sonham com a adoção.

“A Madalena já é o sexto filho que a mãe biológica dela colocou para adoção. São usuários de drogas que abandonam os filhos. Ela pariu a Madalena, deixou no hospital e foi embora. Voltou para as ruas, para as drogas. Madalena precisou de um tratamento imediato porque ela adquiriu sífilis congênita da mãe. Ela precisou de um tratamento imediato, de uma família acolhedora. Mesmo com aquele medo de acolher e não conseguir adotar, eu decidi acolher e cuidar dela. Aconteceu que nos primeiros meses de vida, fiquei internada com ela, cuidando direitinho, fazendo tratamento e hoje é uma menina saudável, totalmente saudável e esperta”, explica.

Tatiana atribui a felicidade provocada pela chegada de Madalena, à facilidade de engravidar de Hugo um tempo depois. Ela afirma que com a chegada da menina, deixou de sofrer com a ideia de não conseguir engravidar, e a gestação do Hugo ocorreu naturalmente.

“Madalena foi minha felicidade. Ela chegou na nossa casa no dia 10 de julho do ano passado. Estava muito satisfeita como mãe. E acho que pelo fato de ter tranquilizado, depois de três meses, eu engravidei. No final de outubro de 2018, descobri que estava grávida. Estou com sete meses de gestação”, explica

Apesar de toda a felicidade, o processo de adoção de Madalena encontrou resistências na família. Tatiana relata a resistência da mãe e o conflito inicial que foi preciso superar com o marido para que a adoção de Madalena se concretizasse.

“Eu decidi adotar e não queria escolher a criança. Eu sempre dizia que queria adotar qualquer criança. Não fiz escolhas. Mas o engraçado é que quando ela veio, foi dentro dos requisitos que predominantemente as mães querem para adotar: é uma menina e recém-nascida. Eu tive a sorte sem exigir muito. Quando ela veio foi uma surpresa. O primeiro conflito que tive foi com meu marido. Ele imaginava que só iriamos adotar em seis meses ou um ano, mas foi muito rápido. Mas a assistente social ligou e disse que precisava de uma família. Se ela não fosse adotada por mim, iria para um abrigo. Eu disse que queria e foi um conflito grande. Mas eu disse que não poderia abandonar a criança da forma como ela precisava de ajuda. Já era uma criança em sofrimento durante a gestação. Não poderia virar as costas. Hoje ela é feliz, simpática, sorridente, é outra criança. Ela chegou no sábado de madrugada. No outro dia liguei para minha mãe que precisava de umas roupas de criança porque tinha adotado uma menina. Minha mãe ficou louca. Foi uma confusão fora do normal”, comentou.


Veja mais notícias sobre Piauí, clique em florianonews.com/piaui

Tópicos: tratamento, grande, conflito