Jogo do Tigrinho: influenciadores suspeitos de divulgar apostas e rifas ilegais são alvo de operação
21/11/2025 10h17Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução/Instagram
Sarah Brenna, Vitor Mídia, Lucimayre Brito e Luiz Carlos Morfim, investigados na Operação Laverna.
Sarah Brenna, Vitor Mídia, Lucimayre Brito e Luiz Carlos Morfim, investigados na Operação Laverna.Influenciadores digitais suspeitos de divulgar apostas ilegais, como o "Jogo do Tigrinho", e rifas irregulares nas redes sociais são alvo da segunda fase da Operação Laverna, realizada nesta sexta-feira (21) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí em Parnaíba, no litoral do estado.
Segundo a SSP, os suspeitos movimentaram pelo menos R$ 5 milhões. Nas casas dos alvos, os policiais apreenderam carros, motos e relógios de luxo. O g1 tenta contato com os investigados.
A investigação apontou que os influenciadores publicavam vídeos manipulados, mostravam supostos ganhos, faziam sorteios e usavam discurso motivacional e links personalizados para atrair seguidores, induzindo-os ao erro e estimulando expectativas irreais de lucro.
De acordo com a SSP, os suspeitos tiveram lucros incompatíveis com a renda deles. Eles foram identificados como:
- Sara Costa dos Santos (Sarah Brenna): movimentações de R$ 1.311.784,32;
- João Vitor Almeida Pereira (Vitor Mídia): R$ 1.173.117,64, composto majoritariamente por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20, enviados por mais de 3 mil pessoas, padrão típico de rifas clandestinas;
- Lucimayre Magalhães Brito: R$ 213.606,60;
- Luiz Carlos Morfim Júnior: R$ 637.783,14;
- Antônio Shaul Hinminisses de Araújo Soares (marido de Sarah): R$ 1.664.582,01.
"Tem uma pessoa que ganhou duas vezes o prêmio nas redes [do Vitor Mídia]. Estatisticamente é quase impossível fazer isso", disse o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da SSP.
Imagem: Divulgação/SSP-PI
Influenciadores suspeitos de divulgar apostas e rifas ilegais são alvo de operação; lucro de R$ 5 milhões
Influenciadores suspeitos de divulgar apostas e rifas ilegais são alvo de operação; lucro de R$ 5 milhões O delegado Ayslan Magalhães explicou que a análise financeira, somada à falta de declaração de renda e ao uso de empresas associadas a pagamentos digitais ligados a jogos ilegais, reforçam indícios de ocultação patrimonial, dissimulação de recursos, evasão fiscal e vantagem econômica ilícita.
"Estamos investigando se as pessoas que receberam esses bens o fizeram de forma lícita, se houve ou não manipulação nos sorteios", apontou o delegado.
A SSP afirmou que os suspeitos podem responder por crimes como estelionato, indução do consumidor a erro por afirmação falsa ou enganosa, loteria não autorizada e lavagem de dinheiro.
A Justiça determinou ainda o bloqueio dos valores nas contas bancárias, a apreensão dos passaportes e a remoção de conteúdos ilegais na internet.












