HGV realiza cirurgia da base do crânio por via nasal

07/11/2016 13h40


Fonte Sesapi

Uma cirurgia complexa que envolveu um cirurgião rinologista e um neurocirurgião realizada no Hospital Getúlio Vargas (HGV) garantiu a vida do lavrador Marlos Romão, de 46 anos, proveniente do município de Riacho Frio, a 797 quilômetros de Teresina.

“Deus me deu uma nova chance”.
Com essa frase o lavrador descreve o alívio que está sentindo depois que um tumor de cinco centímetros foi retirado em uma Cirurgia Endoscópica da Base do Crânio, por via nasal.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarHospital Getúlio Vargas (HGV)(Imagem:Divulgação)

Marlos Romão conta que estava trabalhando na roça quando sentiu fortes dores na cabeça, "tão grande que tremia os lábios", relata. Ele lembra que foi levado pela irmã para o município de Corrente, que fica próximo a Riacho Frio. “De lá, fui transferido para o Hospital de Urgência de Teresina(HUT). Quando cheguei no HUT não enxergava mais nada. O médico que me atendeu disse que eu estava com um tumor no cérebro e que precisava ser transferido para o HGV, pois esse tipo de cirurgia só fazia aqui”, relata o lavrador.

Dois cirurgiões operaram Marlos, o neurocirurgião Reynaldo Mendes e o cirurgião otorrino, Antônio Pedro. Foram quatro horas de cirurgia. Eles usaram uma técnica com sistema de endoscopia conhecida como Cirurgia Endoscópica da Base do Crânio, com equipamentos modernos, que não necessita abrir a cabeça, sendo o tumor retirado por via nasal. “O caso de Marlos, assim como de outros pacientes que têm chegado aqui com tumores gigantes, temos conseguido operar de forma menos invasiva por possuirmos equipamentos modernos que possibilitam a realização desse tipo de cirurgia com sucesso”, explica o otorrino cirurgião Antônio Pedro.

O cirurgião Antônio Pedro acrescenta que, atualmente, o HGV realiza uma média de quatro cirurgias de tumor hipofisário por mês. “Desde que iniciamos a técnica, já realizamos 50 procedimentos. A técnica por via endoscópica traz uma série de vantagens já que a morbidade cirúrgica é muito menor, a recuperação mais rápida e a retirada da lesão mais efetiva”, explica o médico.

Ele destaca ainda que, no início, a cirurgia endoscópica nasal se prestava apenas ao tratamento das doenças nasossinusais. Evoluiu e passou a tratar também lesões tumorais que se estendiam além dos limites das cavidades nasais e paranasais, e, mais recentemente, tumores do sistema nervoso central, em especial da região conhecida como base de crânio. “Para este tipo de cirurgia avançada uma equipe multidisciplinar é indispensável”, destaca Antônio Pedro.

Tópicos: hospital, cirurgia, nasal