Governo do Piauí declara guerra ao mosquito aedes aegytpi

28/11/2015 09h13


Fonte G1PI

Em reunião multisetorial realizada na O estado confirmou 36 casos de microcefalia e 6.052 de dengue. Pesquisas estão estudando o vínculo dos casos de microcefalia com o zica vírus, mas os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente esses dois fatores.

Para Wellington Dias, a meta é envolver a sociedade nas ações de combate e prevenção ao mosquito transmissor das doenças, que se prolifera com maior facilidade no período chuvoso.

“Este é o momento de discutir a questão na presença das autoridades, das lideranças, dos meios de comunicação. Vamos trabalhar para que as escolas, os hospitais e as pessoas possam cuidar de evitar a proliferação dos mosquitos”, explicou Dias.

Sexta-feira (27) o governo do Piauí declarou guerra ao mosquito aedes aegytpi, vetor de transmissão da dengue, zica e chikungunya. “Temos que fazer a Operação Mata Mosquito, para eliminar o vetor. É a única forma de fazer com que as pessoas não contraiam a dengue e a Zika vírus. O foco agora é a prevenção", afirmou o governador Wellington Dias (PT).

No dia 24, o Ministério da Saúde divulgou os resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) e nele dois municípios do Piauí estavam em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Com a atualização dos dados, mais uma cidade foi incluída. Com isso, Alegrete do Piauí, Avelino Lopes e Santana do Piauí vão receber atenção especial do estado.

Imagem: Catarina Costa/G1 PIMédico infectologista Kelson Nobre.(Imagem:Catarina Costa/G1 PI)Médico infectologista Kelson Nobre.

Com relação à microcefalia, o Ministério da Saúde vai apoiar os 14 municípios com maior número de casos diagnosticados e o governo do estado está trabalhando em uma rede de atendimento em que a maternidade Evangelina Rosa vai disponibilizar todos os cuidados com a saúde da gestante e do bebe, nos casos em que for diagnosticada a microcefalia.

“Dentre as medidas emergenciais (contra o mosquito aedes), uma delas será o retorno de borrifada do inseticida, conhecido popularmente como fumacê, nas ruas para exterminar o mosquito aedes aegypti”, declarou o gestor.

Inimigo público

A ligação entre o aumento de casos de microcefalia no Brasil com o mosquito aedes aegypti reforçou o papel de inimigo que o transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus tem. Para o infectologista Kelson Veras, o mosquito deve ser considerado atualmente o maior inimigo público no país e declarou temer que a epidemia afaste os turistas do Nordeste.

"A zika é uma doença epidêmica, de modo que as mulheres grávidas durante este período correm o risco dos seus fetos terem má formação. A microcefalia é a complicação mais grave pela infecção do vírus durante os primeiros meses da gravidez, enquanto outras anomalias podem ser percebidas somente quando a criança nasce. Devemos declarar guerra ao aedes aegypti", afirmou.

O médico disse ainda que esses registros são apenas o início e que isso vai acontecer todo ano.

“As grávidas podem ter fetos com microcefalia por outros motivos, como rubéola e casos de infecções, que são eventuais. Já quando se tem uma epidemia de um vírus que causa microcefalia, isto significa que todo ano teremos uma leva de bebês com microcefalia, que seria apenas a ponta do iceberg, porque o problema de fato é maior e mais grave. Teremos várias crianças com problemas de cegueira, surdez, má formação cardíaca e outros déficits neurológicos”, contou.

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