Governador do Piauí afirma que estoque de medicamentos está em "situação crítica" e "perigosa"

26/06/2020 14h50


Fonte G1 PI

Imagem: CCOMWellington Dias(Imagem:CCOM)Wellington Dias

O governador Wellington Dias (PT) afirmou nesta sexta-feira (26) que o estoque de medicamentos no estado do Piauí está em “situação crítica”.

Segundo ele, há reserva para mais oito até 10 dias de uso dos itens na rede de saúde. Uma lista foi entregue ao Ministério da Saúde, informando sobre o baixo estoque e a necessidade de importação.

“A situação é crítica porque o ideal é termos uma reserva para 30 dias, estamos com oito a 10 dias de reserva, isso é perigoso, precisamos de solução”,
comentou Wellington Dias, em entrevista à TV Clube.

O governador disse que, apesar do baixo estoque, o estado tem condições de atendimento. Levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde apontou que não há mais medicamentos usados em UTIs em 21 estados e no Distrito Federal.

“O Piauí ainda tem uma condição de, mais ou menos, dez dias com base nos fornecedores. Fizemos uma requisição administrativa ontem [na quinta-feira] e verificamos que havia fornecedores com estoque para poder termos 17 itens desse estoque em condição de atendimento e buscamos outros medicamentos”, explicou.

Além da quantidade de medicamentos em estado de alerta no estado, o governador elencou um outro problema: a falta de médicos para atuarem em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no setor de Covid-19. O Piauí solicitou ao Ministério da Saúde esses profissionais, assim como a Prefeitura de Teresina fez na quinta-feira. O órgão tem dificuldade para abrir um hospital de campanha devido à falta de médicos.

Medidas mais rígidas no Piauí

Wellington Dias falou sobre a dificuldade de medicamentos e médicos para justificar o porquê das medidas mais rígidas decretadas para esta sexta (26), sábado (27), domingo (28) e para o outro fim de semana. Farmácias, padarias, supermercados e outros serviços essenciais têm horários mais reduzidos.

“Se reduzir a transmissão do vírus, reduz o número de doentes, de pessoas que vão precisar de internação e menos morte. Sei que é um sacrifício, as pessoas estão no limite, mas vai valer a pena. Se a gente fazer bem feito, vamos ter um cronograma, em julho, para retomar [as atividades]”, contou.

Com as restrições, o governo do estado espera diminuir a quantidade de mortos pela Covid-19, reduzir a taxa de ocupação de leitos de UTI (atualmente em 71,3% com 300 ocupadas e 121 disponíveis) e estabilizar o número de casos de coronavírus.

O estado contabiliza agora 18.023 infectados pelo novo coronavírus e 574 mortes.

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