Garota foi obrigada a amarrar amigas durante estupro coletivo, diz promotor

12/06/2015 08h27


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubeClique para ampliarPromotor Cesário de Oliveira, em Castelo do Piauí.(Imagem:Reprodução/TV Clube)Promotor Cesário de Oliveira

Os quatros menores suspeitos de cometer o estupro coletivo contra quatro meninas em Castelo do Piauí foram sendo ouvidos nesta quinta-feira (11) pelo juiz Leonardo Brasileiro no Complexo de Defesa e Cidadania em Teresina. De acordo com o Ministério Público, uma das meninas foi obrigada pelos criminosos a amarrar as amigas antes de serem estupradas e arremessadas do alto de um penhasco.

“Eles renderam essas moças quando elas estavam indo embora. Uma delas foi obrigada a amarrar as amigas com uma corda de rede e barbantes em um pé de caju. Após isso, espancaram elas até desmaiarem e a partir daí começaram os atos libidinosos”, disse o promotor Cesário de Oliveira, que teve acesso ao inquérito policial.

Segundo o promotor, o homem identificado pela Polícia Civil como Adão José de Sousa, 40 anos - único adulto no grupo - participou efetivamente do crime articulando todos os atos de crueldade.

“Eu não tenho dúvidas da participação dele. Todos os atos de crueldade saíram da cabeça do Adão. Depois que as meninas foram arremessadas do alto do penhasco, ele (Adão) mandou os meninos verificar se estavam vivas e mandou que jogassem pedras na cabeça das que ainda balbuciavam”, relatou o promotor.

No dia 27 de maio quatro adolecentes entre 15 e 17 anos foram estupradas, amarradas e espancadas. Danielly Rodrigues não resistiu aos graves ferimentos e morreu no início da noite de domingo (7), após 10 dias internada. Ela sofreu esmagamento do lado direito da face, lesões pelo pescoço e traumatismo torácico. Das outras três vítimas, apenas uma permanece internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e seu estado de saúde é estável.

Cesário de Oliveira disse que vai pedir que os menores cumpram aos atos infracionais no Centro Educacional Masculino de Teresina. Com base no material da polícia, o Ministério Público Estadual representou os quatro adolescentes.

Eles responderão pelos atos infracionais equivalentes aos crimes de estupro, homicídio com cinco qualificadoras (requintes de crueldade, motivo fútil, sem dar chance de defesa as vítimas, agravante por as vítimas serem menores e associação criminosa, incluindo feminicídio) e três tentativas de homicídio com cinco qualificadoras.

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