Ex-namorada de policial morto nega relação com mandante do crime

13/12/2016 08h06


Fonte G1 PI

Imagem: João Cunha/G1Ex-namorada de policial morto presto depoimento no Greco.(Imagem:João Cunha/G1)Ex-namorada de policial morto presto depoimento no Greco.

A ex-namorada do policial Claudemir Sousa, morto quando saía da academia na Zona Sul de Teresina, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (12) no Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Apontada como pivô do caso, ela negou relacionamento amoroso com o mandante do crime, o funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado Décio Solano, que faz a defesa da mulher. Segundo ele, a sua cliente confirmou o namoro há dois anos com o policial do Bope, que terminou após a convocação dele para a Força Nacional.

"Ela e o funcionário da Infraero se conhecem, eles são amigos, vizinhos de cidade, mas nunca tiveram um relacionamento amoroso. A minha cliente está bastante chocada com esta situação, abatida, porque não tem participação na morte de Claudemir",
declarou o advogado.

De acordo com Décio Solano, a ex-namorada do PM retornou nesta segunda-feira ao trabalho. Ela é diretora no Hospital Areolino de Abreu.

Conforme a polícia, o mandante do crime é um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que ofereceu o valor de R$ 20 mil pela execução. As informações prestadas pela ex do rapaz reforçam a tese de crime passional.

Claudemir de Paula foi executado a tiros na noite de terça-feira (6) quando saia da academia onde treinava no bairro Saci, Zona Sul de Teresina. Sete pessoas foram presas suspeitas de participação no crime, entre elas, uma mulher que namora com um dos atiradores e teria avisado o momento exato que a vítima saiu da academia.

Imagem: Reprodução/TV ClubeClique para ampliarPromotor Márcio Carcará participou de audiência de custódia dos suspeitos(Imagem:Reprodução/TV Clube)Promotor falou sobre audiência de custódia dos
suspeitos

Transferência dos presos

Os sete suspeitos de participar da morte do policial Claudemir Sousa, de 32 anos, foram transferidos na quinta-feira (8) para o sistema prisional. A decisão de manter os investigados presos foi julgada durante audiência de custódia, que converteu as prisões em flagrante para preventiva.

De acordo com o promotor de Justiça Márcio Carcará, a audiência ocorreu de forma tranquila e a manifestação do Ministério Público Estadual foi pela manutenção da prisão dos acusados. Ele também acrescentou que há indícios robustos da autoria de todos os envolvidos e materialidade comprovada.

Prisões
Na quarta-feira (7) um dos suspeitos de executar o policial admitiu ter sido contratado e que receberia R$ 5 mil pelo serviço. Segundo o comandante Paulo Silas, da Companhia do Promorar, ele foi preso por meio de uma denúncia anônima e durante a prisão confessou participação efetiva na morte do policial, utilizando um revólver calibre 38, enquanto o outro comparsa portava uma pistola.

"Ele disse ter recebido o convite do seu comparsa para matar Claudemir, mas não sabia que a vítima era policial. O suspeito também confirmou que a motivação do crimeteria sido passional",
disse Paulo Silas.

De acordo com o secretário de segurança, Fábio Abreu, um dos suspeitos usava tornozeleira eletrônica e a partir do monitoramento dele os policiais chegaram aos demais envolvidos no assassinato, inclusive, ao mandante, que é funcionário da Infraero. Também entre os presos está um taxista, apontado como o agenciador dos atiradores. .

“Temos a figura de um taxista como agenciador daqueles que o executaram. O mandante é funcionário da Infraero e, em função de um problema relacionado a um caso com uma mulher que o policial também se envolveu, houve essa ordem para que essas pessoas o executassem”,
disse o secretário.

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