Estudantes atravessam rio com auxÃlio de corda ao retornar de escola após chuvas no PiauÃ
23/03/2023 08h57Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução
Estudantes atravessam rio com auxílio de corda ao retornar de escola após chuvas no Piauí.
Estudantes atravessam rio com auxílio de corda ao retornar de escola após chuvas no Piauí.Um vídeo que circula em redes sociais mostra crianças e adolescentes da comunidade Tangará, na Zona Rural de Campo Maior, a 80 km de Teresina, atravessando um rio com o auxílio de uma corda enquanto retornam da escola. As imagens foram registradas nesta quarta-feira (22), após fortes chuvas na região.
Ao g1, moradores relataram que, há anos, reivindicam a construção de uma ponte sobre o rio.
Procurado, o prefeito de Campo Maior, Joãozinho Félix (MDB), confirmou que a demanda é antiga e que a Prefeitura Municipal busca recursos e apoio do Governo do Estado para construir uma passagem molhada no local.
O gestor ressaltou que um projeto para execução da obra foi realizado e está orçado em aproximadamente R$ 125 mil. Segundo ele, a previsão é que a construção seja iniciada no segundo semestre deste ano.
Joãozinho Félix (MDB) destacou ainda que a comunidade vive uma “situação atípica” e que o volume do rio subiu muito após chuvas intensas, que totalizaram aproximadamente 20 mm em dois dias.
Maria Vitória Alcântara Oliveira, de 16 anos, é uma das estudantes que aparecem nas imagens. Ela relatou ao g1 que durante o período de chuvas, os alunos ficam impossibilitados de ir à escola. As unidades de ensino da região ficam a cerca de 20 km da comunidade Tangará.
Segundo a adolescente, nesta quarta-feira (22), um trecho da estrada ficou inundada pelas águas do rio e bloqueou a passagem do ônibus escolar. Nas imagens, é possível observar 11 alunos serem atravessados por familiares e moradores da região, que se agarram a uma corda.
“Quando o rio tá cheio, a gente não vai. A gente passa de semana sem ir pra escola. Aconteceu hoje que a gente saiu de casa [para a escola], o rio não tava tão cheio, aí deu uma chuva muito forte onde a gente mora e também na escola. Quando a gente voltou, o rio tava muito cheio, tinham muitas grotas e não deu pra passar. A gente ficou horas dentro do ônibus esperando [a água] abaixar, pra ver se poderia dar a passagem. Essa [atravessar a pé] foi a única solução que a gente encontrou. Não foi a primeira vez que a gente passou por essa situação. Em tempos de política, são só promessas”, disse.
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