Escritora com câncer criou casa que já ajudou mais de 4 mil mulheres

08/03/2021 14h01


Fonte G1 PI


Imagem: Anderson BragaClique para ampliarEscritora Vania Rozzett, de 54 anos.(Imagem:Anderson Braga)
Neste 8 de março, Dia da Mulher, o G1 conta a história da escritora Vania Rozzett, de 54 anos, que lida com o câncer desde 2014, quando recebeu o diagnóstico da doença. Durante o tratamento, ela viu a oportunidade de ajudar outras mulheres, que enfrentam o mesmo problema, criando uma casa de acolhimento, em Teresina, que já ajudou mais de 4 mil pacientes.

“Deus pegou minha dor e transformou em uma missão. Acasa serve para ajudar essas mulheres, lá elas têm cama, kit higiene, acompanhamento psicológico, alimentação, assistência social e apoio espiritual ", disse Vania.

A casa, conhecida como Associação Muito Além de um Câncer (Amac), funciona desde 2018 e, atualmente, tem capacidade para acolher vinte mulheres, de forma gratuita.

Sem apoio governamental, a Amac se mantém através de doações de pessoas, igrejas, rifas e da venda de livros da fundadora.

“É uma casa que foi criada com muito amor e propósito, depois de eu ouvir muitas historias de mulheres que eram abandonadas pelos seus maridos. Recebemos as que vem do interior do Piauí e de qualquer parte do Brasil”, contou Vania.

A vida com outros olhos

Vania afirmou que a experiência com o câncer fez com que ela passasse a ver a vida com outros olhos e a valorizar as pequenas coisas. “Aprendi a levar a vida com leveza, a vida é um presente”, disse.

“Hoje, para mim, a vida tem um sentido muito mais lindo. Dou valor a coisas mais simples, às pessoas, à minha família, aos meus netos, à minha alegria. Não me permito mais ficar triste, porque a vida é curta, precisamos aproveitar o máximo”, completou.

Durante o tratamento, Vania também foi diagnosticada com a Covid-19, em dezembro de 2020, chegando a ter que ficar internada para tratar da infecção pelo novo coronavírus.

Ela ficou internada por sete dias. "Foi um milagre, porque dei entrada com mais de 50% do pulmão comprometido e também sou diabética. Vejo a mão de Deus na minha vida e na minha história. Ainda estou me recuperando, pois fiquei com sequelas, mas meu pulmão já está 86% recuperado”, relatou.

Durante a internação pela Covid-19, Vania gravava vídeos com mensagens de força, paz, fé e alegria, que ela compartilhava nas redes sociais, na esperança que pudesse ajudar outras pessoas.

“Eu preciso olhar para mim e pensar que Deus está comigo e todo o tempo eu pensava que iria sair bem. Eu pensava que tem pessoas melhores que eu, se olharmos para a dor do outro, vemos que pessoas que estão piores que nós”, declarou.
 

Veja mais notícias sobre Piauí, clique em florianonews.com/piaui

Tópicos: mulheres, vida, v?nia