Em agosto, Bombeiros do Piauí triplicaram atendimentos a casos de queimadas

28/08/2019 15h16

Fonte G1 PI

No mês de agosto de 2019, o Corpo de Bombeiros do Piauí atendeu três vezes mais casos de incêndios e queimadas em vegetação do que a média dos meses anteriores. O tempo quente e seco, e a queimada de mato para limpeza de terrenos, favorecem o aumento dos casos. O Piauí é o segundo do Nordeste, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em focos de incêndio.

Segundo a major Najra Nunes, relações públicas da corporação, nos meses anteriores, a média diária de atendimento era de até cinco casos por dia.

“O aumento esse mês já é bem considerável. Nos outros meses, às vezes não tinha nenhum chamado, mas em média havia de quatro a cinco por dia. Agora, chega a 15 casos diários, são muitos chamados”, explicou.

Segundo do Nordeste
O aumento nos focos de incêndio deixou o estado na 2º pior posição do Nordeste, com mais de 2,8 mil focos registrados pelo Inpe. O Maranhão tem a pior situação, com mais de 5,6 mil casos este ano. No país, o Piauí é o 10º estado com maior quantidade de focos de incêndio.

Ação humana
Segundo a Defesa Civil estadual, a região do semiárido piauiense é a mais crítica. A major Najra destaca que os atendimentos ocorrem tanto em Teresina quanto no interior e em áreas urbanas e rurais, mas que a ação humana está presente na maioria dos casos.

Segundo ela, produtores rurais acabam ateando fogo no mato para limpar a área para o plantio ou, na zona urbana, para limpar terrenos.

Caso haja necessidade, os agricultores devem fazer o aceiro – limpar ao redor do terreno, deixando livre de mato, para evitar que o fogo se espalhe. Nos terrenos na zona urbana, a limpeza deve ser feita manualmente, sem uso de fogo.

Riscos
Além dos riscos de acidentes graves, como destruição de propriedades e mortes de pessoas e animais, as queimadas destroem a vegetação, aumentando a temperatura do ambiente e aumentando o risco de doenças respiratórias, devido ao tempo seco e à presença de fumaça.

O G1 entrevistou um especialista, que explicou os riscos para a saúde os cuidados que é possível ter para controlar os efeitos no organismo.

Contatos de emergência

• 193 (Corpo de Bombeiros) - para relatar ocorrência de focos de incêndio
• 191 (Polícia Rodoviária Federal) - para relatar acidentes e focos de incêndio em rodovias