Donos de postos apontam queda de até 35% na venda de gasolina no Piauí

22/09/2021 09h01


Fonte cidade verde

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarDonos de postos apontam queda de até 35% na venda de gasolina no Piauí(Imagem:Reprodução)

Diante dos constantes aumentos no valor cobrado pela gasolina, os donos de postos já sentem a redução nas vendas para o consumidor final. No Piauí, com o litro custando em média R$ 6,64, o sindicato que representa a categoria diz que a queda já chegou a 35%, no comparativo ao ano de 2019, antes da pandemia do novo coronavírus.

“Houve uma redução de todo esse período. O mercado de consumo de combustível teve uma retração muito grande, por uma série de fatores, um deles é o preço. Essa redução já chegou à casa de 35%, hoje está um pouco menor, mas ainda há uma redução”, explicou o coordenador executivo do Sindpostos, Anorcil Andrade.

O sindicato destaca ainda que cada posto tem autonomia para definir como irá repassar os reajustes ao consumidor, no preço final do litro cobrado na bomba de abastecimento. “Normalmente é repassado dentro de uma condição que cada empresário tem para repassar esse valor. Os custos de cada empresário, a gente não entra no detalhe, porque não temos. Cada empresário faz a sua margem de comercialização e repassa o valor ao consumidor final”, destacou o coordenador.

Os donos de postos evitam fazer projeções sobre uma eventual queda no preço dos combustíveis, principalmente diante do cenário de incertezas que influencia de forma direta na definição dos valores.

“Dependemos de fatores externos, dólar, mercado internacional e isso muda o cenário da gente quase que cotidianamente. É muito difícil fazer uma previsão nesse momento em função da turbulência que o mercado ainda está sofrendo”, avaliou Anorcil Andrade.

Composição do preço

Um levantamento feito pela TV Cidade Verde junto ao Sindicato dos Revendedores de Combustíveis mostra a composição do preço pago pelo consumidor no litro de gasolina. O maior percentual, 33,5% é a chamada realização da Petrobras, ou seja o valor bruto pago à estatal pelo combustível. Os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) representam 11,3% do valor, equanto o ICMS representa 31%. Os outros custos que formam o preço são o da adição de Etanol, que representa 14,6%, e o da distribuição e revenda, que representa 9,6%.

Uma das principais reclamações dos consumidores diz respeito ao valor pago no ICMS. Com a atual alíquota de 31%, ao comprar um litro de gasolina por R$ 6,69, o motorista pagará R$ 2,07 somente no valor referente ao imposto estadual.