Defensor público suspeito de cobrar propina é solto após 4 dias preso

24/02/2015 08h31


Fonte G1 PI

Imagem: Adinardi PintoClique para ampliarAdriano Moreti(Imagem:Adinardi Pinto)Adriano Moreti

O defensor público Adriano Moreti foi solto na tarde desta segunda-feira (23), após o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) conceder pedido de habeas corpus ao suspeito de cobrar propina. A soltura foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí e ocorreu por volta das 16h.

Adriano Moreti foi preso no dia 19 dentro da sede da Defensoria Pública, em Teresina. De acordo com a Polícia Civil ele já era investigado desde julho de 2014 e pelo menos três vítimas foram lesadas pelo defensor que chegava a cobrar até R$ 5 mil por cada ação. Adriano nega a prática de corrupção.

Segundo o advogado do defensor, Jurandir Porto, não houve justa causa para a prisão do servidor e as provas apresentadas pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) são frágeis e contestáveis. "Não há motivos para a sua prisão, pois ele não apresentou tentativa de fuga, não tentou atrapalhar a investigação, é réu primário e não teria como reincidir no crime", disse.

Para o delegado Kleydson Ferreira, existem provas concretas (extratos bancários, documentos e depoimentos das vítimas) contra Adriano Moreti. “Além das duas vítimas lesadas no ano passado, chegou ao conhecimento da Polícia uma terceira vítima. Cada solicitação de entrada em ações pela defensoria pública, ele cobrava uma quantia em dinheiro no valor de até R$ 5 mil", contou.

Adriano Moreti estava preso na sede do Grupamento Tático Aéreo do Piauí (Gtapi) desde o dia 19 deste mês quando foi preso.

Entenda o caso

A Polícia Civil investiga o defensor público Adriano Moreti desde julho de 2014, quando duas pessoas denunciaram que o servidor estava cobrando para atuar como advogado em seus processos. O suspeito foi preso no dia 19 a pedido da polícia, já que ele continuava a desempenhar suas funções normalmente na cidade de União, a 54 de km de Teresina.

O delegado da divisão de combate à corrupção do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Kleydson Ferreira Costa, afirmou que a Defensoria Pública do estado do Piauí sabia que o defensor nAdriano Moreti Batista era investigado por cobrar propina em processos na cidade de União e o manteve em atividade mesmo assim.

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Tópicos: polícia, crime, defensor