Decreto mais rígido de restrições no Piauí alcançou "resultado planejado", analisa Wellington Dias

18/05/2020 14h36

Fonte G1 PI

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou ter “alcançado o resultado planejado” com as medias restritivas mais duras em vigor no estado na última sexta, sábado e domingo – dias de feriado prolongado do Dia do Piauí, antecipado para 15 de maio. Segundo Dias, que apresentou dados nesta segunda-feira (18), 450 mil pessoas deixaram de circular nas ruas, fazendo com que o índice de transmissão de Covid-19 fosse menor e, assim, menos casos da doença provocada pelo novo coronavírus apareçam.

“O índice estava na casa de 42%, havia a necessidade de tomarmos essa decisão. Saltamos para 55,4%, ficamos entre os maiores índices de isolamento social do Brasil. Alcançamos o resultado planejado. A gente vinha em uma linha de crescimento muito grande”, disse Dias.

Na sexta, sábado e domingo passaram a vigorar regras mais duras de isolamento social. O consumo de bebida alcoólica em locais públicos passou a ser proibido, o transporte intermunicipal foi suspenso e, no domingo, apenas farmácias, serviços de delivery exclusivamente para alimentação e serviços de autoatendimento bancário puderam funcionar – supermercados foram fechados nessa data.

Apesar do aumento do número de isolamento social, o estado registrou 80 mortes por Covid-19 e já são mais de dois mil casos confirmados. Wellington mostrou preocupação com a taxa de ocupação nos leitos de UTI, salas que atendem pacientes mais graves. Esse índice alcançou 56%. E, em Teresina, a média é de 65%.

“Vários hospitais com a capacidade estourada, passamos a mais de 50% das vagas de UTI. Isso nos remete para a necessidade de alerta porque não queremos entrar em colapso no nosso sistema, precisamos garantir esse atendimento”, comentou o governador.

“Cresceu o número de pacientes de outros estados, de modo especial do Maranhão, temos que fazer um planejamento conjunto”, argumentou Dias, que prometeu um diálogo de medidas com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).