CRM-PI decide não interditar Evangelina Rosa e fará visitas a cada 30 dias

28/07/2018 08h13


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: CidadeVerde.comClique para ampliarMaternidade Dona Evangelina Rosa(Imagem:CidadeVerde.com)Maternidade Dona Evangelina Rosa

Após mais uma inspeção na Maternidade Dona Evangelina Rosa na última sexta feira (27), em Teresina, o Conselho Regional de Medicina decidiu pela manutenção dos serviços e atendimento na maternidade.

A presidente do CRM-PI, Mirian Parente, informou que a inspeção foi considerada “satisfatória” e que agora será realizado o acompanhamento a cada 30 dias, com visitas para fiscalizar o andamento da prestação de serviços. Mirian Parente ressaltou, porém, que será dada mais atenção agora ao melhoramento da parte de recursos humanos.

“Acho que foi muito positiva (a inspeção). A gente vai querer acompanhar isso, está programando uma nova visita para 30 dias para a gente focar mais na parte de recursos humanos, porque ainda há problema no fechamento das escalas, principalmente na UTI neonatal, porque ainda há uma sobrecarga dos médicos nos plantões porque não há o quantitativo adequado, então a gente vai trabalhar agora nessa situação, pra ver se a gente consegue melhorar a maternidade de uma maneira geral".

A presidente acrescentou: “Percebemos que foram feitas melhorias em vários setores, reforma no centro cirúrgico, e principalmente que o poder público está comprometido em melhorar a prestação de serviços. Agora também vamos fazer o acompanhamento constante com visitas para monitorar se de fato, vai ser dado continuidade ao trabalho de melhoria dos serviços”.

O CRM havia decidido pela interdição ética da maternidade em junho, após serem feitas algumas visitas e constatados problemas como falta de materiais, medicamentos e insumos, além de condições inadequadas e estruturais para o atendimento das pacientes.

Melhorias

De acordo com a presidente, na parte da ala que tinha as "feridas operatórias", que tiveram os casos com infecção, não há nesse momento mais nenhuma paciente operatória com problema. Na UTI, também de acordo com ela, os médicos não reclamaram mais da realização dos exames, porque foi contratado um novo laboratório que está funcionando. O equipamento que estava com problema já foi consertado e a máquina e voltou a funcionar.

Além disso, na parte dos materiais e medicamentos, a única reclamação foi de um medicamento, o sufactante, que está com problema por parte dos fornecedores em todo o estado. “Na verdade, eles comprovaram o interesse em comprar, só que não estão conseguindo fechar e estão pedindo esse reforço de outros estados, inclusive”.

A parte do piso do centro cirúrgico foi toda recuperada, conforme a presidente do CRM. “Depois a gente pode até acompanhar isso, se de fato vai acontecer nos outros setores”.

Em relação a parte da UTI neonatal, as pias que estavam com problemas foram todas recuperadas. “Tem uma equipe de manutenção trabalhando e o mais importante é a sala de materiais de esterilização, que está sendo construída um unidade e a previsão de entrega é ainda no mês de agosto”, complementou Mirian Parente.

O diretor da MDER, Francisco Macedo, afirmou que desde o início de todo o processo de investigação dos Conselhos, a equipe da maternidade se debruçou com as orientações do Coren e CRM buscando melhorar os serviços.

“Em nossas conversas, ficou definido que vamos fazer um cronograma de visitas constantes, para que se torne um trabalho de positividade sempre. [...] Houve injeção de recursos substancial na maternidade, com os quais pudemos atender os quatro itens solicitados pelo conselho. No tocante a compra de medicamentos, insumos, material cirúrgico e reformas"
, reforçou o diretor.

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