Covid-19: Recém-formados encaram primeiro desafio da carreira médica

25/04/2020 12h12


Fonte Meio Norte

Imagem: ReproduçãoOutorga de grau foi concedida para formandos do  Campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba(Imagem:Reprodução)
Outorga de grau foi concedida para formandos do Campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba 
Quando decidiram seguir carreira na área da saúde, os estudantes de medicina estavam dispostos a servir à humanidade. Prometeram colocar o bem-estar do paciente em primeiro lugar e sabiam que enfrentariam dificuldades, sobretudo em um país marcado pela desigualdade social. Contudo, nada do que estudaram ou viveram se compara ao cenário que enfrentam atualmente no combate ao novo coronavírus. São a peça-chave em uma guerra contra um inimigo invisível.

Para reforçar o atendimento durante a pandemia do coronavírus nas unidades de saúde, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou a antecipação da outorga de grau de 21 acadêmicos de Medicina do campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba, que receberam o grau referente ao primeiro semestre de 2020. A cerimônia restrita e ao ar livre atendeu ao que determina a Medida Provisória Nº 934, de 1º de abril de 2020, publicada no Diário Oficial da União, que estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo do ensino superior decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública.

Sem longa carreira profissional, mas com muita vontade de trabalhar, jovens estão chegando para fortalecer as equipes de saúde, no momento em que todo país mais precisa. A dedicação dos profissionais estreantes mostram a união contra a Covid-19, doença provocada pelo vírus. O formando Jordan Carvalho destacou que os novos profissionais chegam para potencializar a linha de frente no combate à pandemia no Piauí.

O médico recém-formado lembra que o mundo muda o tempo todo, mas três situações obrigam o mundo a mudar: as revoluções industriais, as guerras e as pandemias e a antecipação da formatura veio devido a pandemia no coronavírus que está assolando o mundo e provavelmente seria tão trágica quanto a gripe espanhola em 1918, se não fossem os avanços na medicina e as medidas de contenção para frear o avanço do vírus.

“Ninguém nunca imaginava que nossa formatura seria nessas condições, sem a presença dos nossos familiares e amigos, nós só íamos ter nossas solenidades em agosto, mas nos vimos diante de uma situação atípica e nossa missão agora é começar os atendimentos nos locais onde mais estão precisando da nossa ajuda. Esse é um dever nosso com a população visto que somos de uma instituição pública e temos essa obrigação moral de dar essa retribuição para a comunidade”, descreveu Jordan Carvalho ao comentar a respeito de ter como primeiro desafio profissional atuar contra uma pandemia.


Tópicos: médicos, ufpi, pandemia