Como a tecnologia está sendo usada para ajudar vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul

09/05/2024 13h23


Fonte G1 PI

O humorista piauiense Whindersson Nunes divulgou nas suas redes sociais quatro ideias para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande Sul, como o uso de drones para entrega de suprimentos e a criação de um método para produzir boias para ajudar no transporte de pessoas e animais em locais alagados.

As iniciativas foram desenvolvidas no Piauí pela equipe do professor e físico Gildário Lima (veja abaixo os detalhes de cada iniciativa):
  • Uma peça para facilitar a produção de boias feita de garrafas pet;
  • Adaptação de drones para envio de suprimentos para pessoas em locais de difícil acesso;
  • Kits de suprimentos de emergência, a serem entregues pelos drones;
  • Uma rede de psicólogos para atendimentos de profissionais e voluntários;

Boia feita com garrafas pet
Imagem: ReproduçãoAs peças são desenhadas no computador e são impressas por impressoras 3D. (Imagem:Reprodução)As peças são desenhadas no computador e são impressas por impressoras 3D. 

Uma das iniciativas foi o desenvolvimento de um objeto que pode ser feito por impressoras 3D e que permite a construção fácil de uma boia para resgate.

A peça (em vermelho na imagem acima) serve para manter juntas quatro garrafas pet, garantindo sustentação na flutuação. De acordo com Whindersson, as boias vão ajudar no transporte de animais, e que quatro delas podem fazer um cavalo de 500kg flutuar na água.

A equipe disponibilizou pela internet o projeto e as instruções para a criação do objeto. A ideia é que pessoas e empresas que tenham impressoras 3D possam usar as instruções para reproduzir o objeto por conta própria e distribuir.

"Uma solução viável para o resgate de animais de grande porte (cavalos, porcos, vacas e etc). Vou liberar o arquivo pra você poder fazer na sua impressora 3D de qualquer lugar do Brasil e mandar pra nosso ponto de ajuda no RS, coloco aqui o link pra baixar assim que fizer os testes na água!", escreveu o humorista em uma rede social, nesta terça-feira (7).

Segundo o professor Gildário Lima, da Tron, as peças tem um custo de produção baixo e podem ser feitas com diversos tipos de polímeros plásticos. "Eles já estão sendo produzidos em larga escala por alguns parceiros que conquistamos", disse.

Drones de transporte
Imagem: Tron/ DivulgaçãoComo a startup de Whindersson Nunes está usando a tecnologia para ajudar na tragédia no Rio Grande do Sul.(Imagem:Tron/ Divulgação)Como a startup de Whindersson Nunes está usando a tecnologia para ajudar na tragédia no Rio Grande do Sul.

Outro recurso anunciado por Whindersson é a adaptação de drones para que possam carregar kits de suprimentos para pessoas em presas em locais de difícil acesso. O trabalho com os drones começa nesta quinta-feira (9).

Segundo o professor Gildário, os drones estão sendo adaptados para transportar até 2 quilos de suprimentos. Foram mobilizados até o momento 12 pilotos de drone que estão no RS para executar o trabalho.

"De madrugada, a partir de 1 da manhã, nossos drones começam a entregar kits proteína, água e aparatos pra crianças e adultos nos prédios ilhados. As pessoas estão roubando e impedindo pessoas de ajudar, se você ver alguém levando um drone gigantes, em meu nome, proteja essas pessoas", escreveu Whindersson Nunes.

Kits emergenciais

Os drones vão distribuir um kit alimentar desenvolvido por nutricionistas destinados à assistência emergencial de pessoas em áreas de difícil acesso.
Os kits foram elaborados por nutricionistas e contem suprimentos emergenciais: garrafas d"água, barras de cereal, goiabada, castanhas, frutas cristalizadas e saches de soro

Rede de psicólogos para atender voluntários

A equipe está montando uma rede de psicólogos que irão atender a profissionais e voluntários que estão trabalhando no resgate das vítimas da enchente. A ideia é cuidar da saúde mental dessas pessoas que estão lidando diretamente com as vítimas. "A ideia é atender os voluntários, ajudar a quem está ajudando", comentou o professor Gildário Lima.

Os atendimentos vão acontecer por videochamada, e a rede já tem mais de 100 psicólogos disponíveis. A equipe busca agora garantir o acesso a internet via satélite nas brigadas e campos de voluntários, e construir salas onde os voluntários poderão receber o atendimento de forma apropriada.

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