Com 100% de UTIs lotadas, Hospital São Marcos pede providências para conter Covid

27/12/2020 16h10


Fonte Cidade Verde

Imagem: ReproduçãoCom 100% de UTIs lotadas, Hospital São Marcos pede providências para conter Covid(Imagem:Reprodução)
 A situação da Covid-19 no Piauí voltou a se agravar de forma alarmante. Ontem à noite, o diretor técnico do Hospital São Marcos, Dr. Marcelo Martins, enviou um documento às principais autoridades do Estado e do Município de Teresina chamando a atenção para a saturação da rede privada quanto à capacidade de atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus e pedindo providências urgentes para conter o avanço da doença. VEJA O DOCUMENTO

Marcelo Martins relata que o Hospital São Marcos está com 100% dos leitos de UTI ocupados, consequência do aumento significativo do número de atendimentos por síndromes gripais na unidade de pronto atendimento daquela casa de saúde. A situação é tão grave que, nos últimos dias, a diretoria do hospital teve que fechar a unidade de pronto atendimento por diversas vezes, por não ter mais como acomodar pacientes em sua estrutura.

Esta situação não é muito diferente da que está ocorrendo no restante da rede privada de saúde da capital, que tem recebido um número crescente de pacientes, especialmente vindos do interior do Estado. O documento lembra ainda que, em outros meses, quando a rede privada ficou lotada, em seguida, a rede pública também chegou ao limite de atendimento.

Como alguns leitos exclusivos para Covid-19 já foram desativados, e levando em consideração a exaustão das equipes de saúde que estão trabalhando ininterruptamente desde março, o diretor médico do HSM alerta as autoridades e pede medidas necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde o mais rápido possível.

O aviso foi dado e convém não desobedecer a ciência porque, sempre que isso acontece, o preço é pago com vidas humanas. As aglomerações realizadas durante a campanha eleitoral e as comemorações de vitória dos eleitos estão mostrando os resultados agora. Da mesma forma, as confraternizações e festividades de fim de ano são um estopim para o surgimento de novos casos em janeiro. Um colapso anunciado que pode ser prevenido com determinações rígidas, corajosas e urgentemente necessárias. Não há o que festejar quando milhares de vidas são perdidas para uma doença que pode ser prevenida.