Caso Ruan: Nazareno Thé acredita em segundo atirador e diz que polícia falhou

01/12/2018 07h37


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarRuan Pedreira(Imagem:Cidadeverde.com)Ruan Pedreira

A possibilidade de um segundo atirador no caso do assassinato do estudante Ruan Pedreira, na Copa de 2014, em Teresina, pegou familiares de surpresa. A audiência de instrução e julgamento de Erlândio Miranda Coelho teve início na manhã de sexta-feira (30) e foi marcada por contradições de uma das vítimas que teria sido vítima de tentativa de homicídio pelo acusado.

Em juízo, ele afirmou não reconhecer trechos dos depoimentos prestados durante a investigação. A audiência terminou sendo adiada para o dia 10.

"Ficou tudo confuso. Apareceu outro atirador. Quem está sendo acusado, não seria a pessoa que atirou. Eu tô completamente sem entender. Se tem um segundo atirador, nunca mais a gente vai encontrar. Não entendo com se presta um depoimento a um delegado e depois não confirma o que disse. Diante dos depoimentos, estou entregando tudo pra Deus novamente. Não tô querendo acusar nenhum inocente e nem quero que seja feita Justiça apressadamente. A bala não foi perdida, atingiu um pessoa que era inocente. Espero Justiça. A gente deve isso para as próximas gerações"
, desabafa Jaqueline Nobre, prima de Ruan.

Durante a audiência houve questionamentos se o calibre da arma supostamente usada por Erlândio seria diferente dos fragmentos encontrados na cabeça. Para Nazareno Thé, advogado do acusado, a Polícia Civil do Piauí falhou na investigação.

"Estamos na busca da verdade real. O acusado estava portando uma pistola 380. O projétil que atingiu o Ruan é de calibre 22. O disparo que saiu da arma do acusado que está aqui, não foi o disparo que matou a vítima. A polícia não foi suficientemente diligente. Tenho certeza que o trabalho da polícia não foi completo, porque o trabalho da polícia é esclarecer, de forma preliminar, os fatos. Estou falando com certeza, não estou achando"
, disse Nazareno Thé que também defende que Erlândio não foi autor da tentativa de homicídio contra os dois seguranças.

Coordenador do DHPP se manifesta

Francisco Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) rebateu o advogado de defesa do acusado.

"Não vou adentrar na instrução criminal, mas acredito cegamente no trabalho do 4º DP e do delegado Danúbio Dias, do DHPP, que concluiu a investigação. Quanto a tese da defesa em procurar irregularidades no inquérito policial, principalmente no tocante ao fato de dizer o calibre da arma, acho temerário. Isso não encontra respaldo técnico, nem jurídico. Na exumação foi achado apenas fragmentos na vítima com os quais não é possível fazer uma comparação. Contudo, a reconstituição do crime revelou a dinâmica, colocando o Erlandio como o verdadeiro atirador. Respeito o advogado. Ele faz o trabalho dele e a gente faz o nosso", disse o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Tópicos: delegado, acusado, atirador