Capitão chegou a ir para casa com o corpo de Camilla dentro do veículo, diz delegado

02/11/2017 08h00


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarDelegado Emerson Almeida(Imagem:Cidadeverde.com)Delegado Emerson Almeida

O delegado da Homicídios, Emerson Almeida, que comanda as investigações do assassinato da estudante Camila Abreu, confirmou nesta quarta-feira (1) que o suspeito do crime, o capitão da Polícia Militar Allisson Watson, chegou a ir para sua casa com o corpo da jovem de 21 anos dentro do veículo, um corolla de cor azul.

"Após o cometimento do crime ele chegou a dirigir até sua casa com o corpo. Depois de matar ele dirigiu até a residência, segundo relatos dele. Ele mesmo descreveu isso. Ou seja, será que não teve oportunidade de pedir ajuda a alguém? Ele foi até sua casa, lá tinha familiares”,
afirmou o delegado em entrevista.

O capitão teria permanecido cinco minutos em casa pensando no que faria com o corpo de Camila. “Ele fez o trajeto até sua residência e lá teria passado 5 minutos pensando no que ia fazer. O corpo estava dentro do veículo. Não posso afirmar onde o corpo estava no carro, pois ele tinha sangue em todas as partes. Tinha sangue no teto, bancos, portas. Não tem como precisar se ela estava no banco da frente ou atrás”, conta.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito manipulou o corpo dentro do carro após o crime, que teria acontecido atrás do Clube da OAB, no bairro Todos os Santos. “O sangue em todo o carro foi devido à manipulação do corpo, pois o tiro foi fatal. A arma tem um poder letal muito forte. O disparo teria ocorrido numa região por trás do Clube da OAB, na região de Todos os Santos. Depois foi até sua casa e lá ficou por 5 minutos pensando o que fazer, após isso ele foi desovar o corpo na região do Mucuim”, relata Emerson Almeida.

As investigações atestam que não foi acidente em virtude do porte físico avantajado do suspeito e a pouca estatura da vítima.

“Ele alega que não sabendo o que fazer foi jogar o cadáver em um matagal distante. Será que não poderia ter pedido ajuda? Ele tentou encobrir toda a cena, todos os indícios que faziam essa união com o crime. O capitão é uma pessoa preparada pra agir. A vítima era uma pessoa de estatura pequena, facilmente ela seria dominada. Se foi acidente por que toda essa tramoia? Isso demonstra que não houve. Acreditamos que houve um homicídio em razão de uma briga. Comportamentos anteriores dele demonstra seu lado agressivo”
, destacou.

Um vídeo divulgado pela TV Cidade Verde mostra o capitão em uma loja de carros trocando o banco e o encosto de cabeça do Corolla. "Esse encosto de cabeça trocado deve ter algum disparo de arma de fogo. Esse disparo nos daria a trajetória do projetil. Com essa trajetória cai por terra a tese de acidente", explica, ressaltando que o banco ainda não foi encontrado.

A polícia aponta que na sexta-feira o suspeito tentou vender o veículo em Campo Maior, não conseguindo, retornou para Teresina e lavou o carro novamente em um lava-jato.

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Tópicos: crime, corpo, sangue, disparo