Cabo do Exército e vítima apresentaram contradição em depoimento, diz delegada

17/01/2018 07h30


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarDelegada Valéria Cunha(Imagem:Cidadeverde.com)Delegada Valéria Cunha

Os envolvidos na confusão que resultou em três foliões baleados em uma prévia carnavalesca em Teresina apresentaram versões contraditórias em depoimento à Polícia Civil. A delegada Valéria Cunha diz que a versão do principal suspeito e vítima não batem. A responsável pelo inquérito explica que o depoimento do cabo do Exército, Wanderson Lima Fonseca, alega que a vítima identificada como Paulo Roberto [folião gravemente ferido] deu início ao conflito ainda do lado de fora da festa. Já o folião nega ter feito qualquer tipo de provocação.

"O Paulo Roberto diz que não procurou esse conflito. Ele diz que houve um início de conflito por motivo fútil, mas o próprio cabo que deu início. Já o cabo diz que quem deu início ao conflito foi o Paulo Roberto. A versão deles não batem",
explica a delegada.

Além de Paulo Roberto, outros dois foliões foram atingidos pelos tiros.

"As outras duas vítimas que já ouvimos também, contam que não sabem quem fez os disparos. Só falam que estavam na festa e de repente ouviram gritos e disparos e sentiram os tiros no corpo. Mas não conseguem afirmar quem deu início aos disparos", acrescenta a responsável pela investigação.

O cabo do Exército se apresentou na delegacia ontem (16) acompanhado de seu advogado. Na versão dele, Paulo Roberto deu início a discussão. Segundo a delegada, o militar também nega ter entregue a arma ao amigo identificado como Francisco Felipe Marques, que foi preso em flagrante.

Confira a versão do cabo do Exército, segundo a delegada.

"Ele alega que efetuou os disparos, não tem noção de quantos disparos fez... efetuou disparos em direção as pernas da principal vítima, o Paulo Roberto. Ele explica como iniciou o conflito, que o Paulo Roberto teria procurado conflito com ele fora da festa, teria o visto e começado a xingar...ele diz que, nesse primeiro momento, não quis problema... já dentro da festa, ele afirma que Paulo Roberto continuou e o agrediu fisicamente e no momento que Paulo Roberto partiu para cima dele, o amigo [Felipe], toma a frente e ele [cabo do Exército] em legítima defesa começou a efetuar os disparos na direção das pernas do Paulo Roberto. Ele diz que desconhece ter atingido outras partes do corpo, desconhece ter atingido outras vítimas... após os disparos, ele diz que saiu caminhando normalmente com a pistola 380 e nos arredores escutou gritos como se fossem pra ele parar e se assustou. Ao ouvir os dois disparos, começou a correr e como tá com problema nos ligamentos, escorregou, perdendo os chinelos e arma nessa queda...Então, continuou correndo, se escondeu em uma mureta e viu as mãos de alguém passando armado o procurando...que pode ter sido o segura
nça. Ele diz que não deu arma para o Felipe e não sabe se o Felipe estava armado na festa", contou a delegada Valéria Cunha sobre o depoimento do militar do Exército.

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