Bolsonaro usa sigla CPX, de comunidades do Rio, para atacar Lula

15/10/2022 10h30


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoPresidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, participar de ato com apoiadores em Teresina (PI).(Imagem:Reprodução)Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, participar de ato com apoiadores em Teresina (PI).

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda de campanha na manhã deste sábado (15) em Teresina (PI). Em discurso dirigido aos apoiadores, se referiu à sigla CPX, referente a comunidades do Rio de Janeiro, para atacar o ex-presidente Lula (PT).

"Não olhou para o seu povo, não olho para os mais pobres. [...] Olhou apenas para os seus amigos, os seus cupinchas, o seus CPX e nada fez", afirmou Bolsonaro.

Pela manhã, Bolsonaro visitou o Hotel de Trânsito de Oficiais, na Zona Norte de Teresina, e, depois, seguiu para o ato com apoiadores em um centro de convenções, na Avenida dos Expedicionários, Zona Leste da cidade. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, participou do ato.

Ao todo, no primeiro turno, Bolsonaro recebeu 51 milhões de votos (43,2%) e ficou atrás do ex-presidente Lula, que recebeu 57 milhões de votos (48,4%). O segundo turno está marcado para o próximo dia 30.

Conforme a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro obteve no Piauí no primeiro turno 406 mil votos (19,9%), enquanto Lula recebeu 1,5 milhão de votos (74,2%).
Imagem: Lucas Marreiros/g1  Candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de ato em Teresina (PI) neste sábado (15).(Imagem: Lucas Marreiros/g1 ) Candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de ato em Teresina (PI) neste sábado (15).

Agenda no Nordeste

Esta é a segunda viagem de Bolsonaro ao Nordeste desde o último dia 5, quando relacionou a vitória do ex-presidente Lula na região no primeiro turno ao analfabetismo de parte da população. Na última quinta (13), o candidato à reeleição participou de agendas em Recife (PE).

Pela agenda prevista para este sábado, Bolsonaro também terá compromissos em Fortaleza (CE) e São Luís (MA).

Os estados do Nordeste somam 42,3 milhões de eleitores e ficam atrás somente dos estados do Sudeste (66,7 milhões de eleitores).

No primeiro turno, Lula venceu nos nove estados do Nordeste, e a declaração de Bolsonaro repercutiu negativamente. Diante da repercussão, o candidato à reeleição disse que não quis atacar os nordestinos.

No discurso a seus apoiadores em Teresina, Bolsonaro disse ser "mentira" afirmar que ele associou a vitória de Lula na região ao analfabetismo.

"Mentira. Não tem esse vídeo", afirmou Bolsonaro.

No último dia 5, três dias após o primeiro turno, o presidente declarou: "Uma notícia importante, pessoal: Lula venceu em nove dos dez estados com maior taxa de analfabetismo. Vocês sabem quais são esses estados? São do nosso Nordeste. Não é só taxa de analfabetismo alta o mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores nessas regiões."

Ainda no discurso deste sábado, Bolsonaro citou a criação do Auxílio Brasil (que sucedeu o Bolsa Família) e a redução de impostos sobre os combustíveis.

No caso do Auxílio Brasil, o governo passou o valor de R$ 400 para R$ 600 com aval do Congresso. O reajuste vale somente até dezembro deste ano.

O presidente também voltou a defender a redução da maioridade penal, pauta que tem defendido desde que era deputado federal.

Pesquisas eleitorais

As pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial têm mostrado Bolsonaro em segundo lugar.

Levantamento do instituto Datafolha divulgado nesta sexta (14), por exemplo, mostrou o atual presidente da República com 44% das intenções de voto, enquanto Lula apareceu com 49%.

Pesquisa Ipec divulgada no último dia 10 mostrou Bolsonaro com 42% das intenções de voto, e Lula, com 51%.

Bastidores

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que aliados de Bolsonaro avaliam que o presidente cometeu uma série de erros desde que começou a campanha do segundo turno, entre os quais:

Conforme o Blog do Valdo Cruz, integrantes do comitê de Bolsonaro avaliam que o presidente deveria buscar votos dos eleitores mais moderados, que não compactuam com ataques às instituições e que podem acabar votando em Lula no segundo turno.

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