Associação denuncia que comarcas do interior não possuem servidores
03/12/2014 08h36Fonte G1 PI
Imagem: G1 PIClique para ampliar
Presidente da entidade diz que situação das unidades vem se agravando.
Presidente da entidade diz que situação das unidades vem se agravando.Em meio ao impasse entre governo, Assembleia Legislativa e Poder Judiciário sobre o orçamento do Piauí para o ano que vem, a situação das comarcas do interior do estado é preocupante. De acordo com Leonardo Trigueiro, presidente da Associação dos Magistrados do Piauí, em muitas cidades não existe nenhum servidor nas unidades. “No interior do estado é onde a situação se agrava mais. Nós temos comarcas em que não há um servidor sequer do Poder Judiciário”, disse em entrevista ao Bom Dia Piauí desta quarta-feira (3).
De acordo com ele, nessas comarcas os serviços são feitos por servidores cedidos pelo município. “Há a necessidade da realização de concursos para contemplar essas comarcas, pois essa situação compromete o atendimento a população, sobretudo quando se observa que a demanda do Poder Judiciário só aumenta”, explica o magistrado. Ele defende que é necessário aumentar o Judiciário de tamanho, expandindo seu volume de trabalho e melhorando suas condições estruturais para que seja possível atender a demanda crescente.
Trigueiro conta que existe a previsão da realização de um concurso público no ano que vem para a nomeação de 25 juízes e 450 servidores, mas ressalta que a quantidade ainda não é suficiente. “Na verdade a necessidade é bem maior que essa. Esse é o número mínimo para possibilitar o bom funcionamento do Poder Judiciário do Piauí no próximo ano”, falou. No entanto ele alerta que os problemas com a liberação de recursos no orçamento de 2015 pode comprometer a realização do certame.
Faltando menos de um mês para o fim do ano, uma disputa entre os três poderes é travada por maiores investimentos em 2015. A situação é mais delicada justamente no Poder Judiciário, principalmente após a ameaça do governo do estado de cortar recursos na ordem de R$ 69 milhões que seriam destinados ao Tribunal de Justiça.












