Após reunião com governadores, Wellington Dias diz que seguirá OMS e pede proteção a empregos
26/03/2020 11h06Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoEm reunião, segundo Wellington Dias, eixos prioritários foram saúde, economia e a questão social.
Após reunião por vídeoconferência com governadores de todo o Brasil nesta quarta-feira (25), o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), informou que o estado se manterá seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), de isolamento social no combate ao coronavírus, e pediu ao Congresso Nacional e ao governo federal proteção a pequenas empresas e autônomos, para manter a economia no país funcionando e proteger empregos. Na ocasião, foi aprovada uma carta com reivindicações.
"Na economia, vamos trabalhar a proteção do emprego e ao mesmo tempo queremos uma medida mais ousada do congresso e do governo brasileiro na proteção das empresas, principalmente aos pequenos, autônomos, que mais precisam. No social, temos olhar especial aos mais vulneráveis. Queremos uma posição clara de uma renda básica", afirmou.
Quanto ao combate ao coronavírus, Wellington já havia se pronunciado e rebateu declarações do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a chamar a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, de "gripezinha", durante pronunciamento feito em rede nacional nessa terça-feira (23). A doença já matou quase 60 pessoas no país.
Wellington voltou a dizer que seguirá as recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, de isolamento social.
"A posição do Fórum dos Governadores do Brasil não mudou, saímos da agenda ainda mais unidos e fortalecidos, um dos nossos eixos prioritários é a saúde, a vida, e vamos trabalhar na contenção do coronavírus no Brasil. Vamos seguir orientação da OMS, do Ministério da Saúde e do ministro Mandetta", declarou.
O governador disse ainda que uma comissão técnica foi formada com integrantes de todos os estados que definirão as ações em conjunto que serão tomadas a partir de agora.
"Com nossas equipes técnicas em cada estado, criamos uma Câmara Nacional Técnica que vai trabalhar a direção dos próximos passos que daremos", informou.
Os assuntos foram tratados durante a reunião, pelo governador. Veja a íntegra da fala de Wellington Dias durante a reunião:
“Nós vamos ter que trabalhar juntos. Nós temos que primeiro zelar, cuidar e nesse ato, manifestar o compromisso com a democracia, com a Constituição Federal. Nós teremos que ter um olhar de clareza. Temos que trabalhar com a razão, com o bom senso e, principalmente, na área da saúde, com o conhecimento científico. Acho que temos que reafirmar o compromisso com as orientações. Com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o próprio Ministério da Saúde, as orientações do ministro Mandetta e sempre trabalhando de forma integrada. Município, Estado, Governo Federal com o setor privado. Isso é necessário nesse momento. Eu destaco a necessidade do apoio federal por equipamentos já que estamos com essa dificuldade. Temos que trabalhar na saúde, na economia e o social e temos enchentes aqui. Aqui na Economia, o congresso tem que ser muito ousado. O conjunto de medidas que são necessários em proteger o emprego, as empresas, principalmente as micros, os autônomos, e ter a necessidade de garantia de termos garantias. A proposta apresentada ao presidente é uma ideia de um fundo, um seguro para compensar, um plano mais brasil pode ter já uma emenda que a base já seja em 2019. O objetivo é garantir que os empréstimos tenham a regra da secretização. Paralelamente à divida, com a proposta do adiamento, deve entrar nos bancos estrangeiros também, o prazo é de 30 a 35 anos e o governo tem visão de no máximo 20. Não tem cabimento. O ideal é em até 40 anos. É uma forma de captar consumos, a secretização da dívida ativa é uma. Essa daqui é uma outra forma que o setor privado possa comprar a dívida atual por um prazo mais longo e com taxas mais baratas. Por último, trabalhar essa curva para que cada estado do brasil, para que com base nela, de forma responsável, poder se trabalhar a etapa seguinte. Á medida que for vencendo os decretos com as medidas, nós irmos fazendo as adequações, mas com base científica".
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