Aluno em protesto sobe em mesa do RU da UFPI e é retirado à força

08/12/2016 13h33

Fonte Cidadeverde.com

Além da confusão envolvendo estudantes e um professor do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), outra situação marcou o dia de ontem (07) na Universidade Federal do Piauí (Ufpi). Um aluno foi retirado à força do restaurante universitário.


De acordo com o reitor da Ufpi, José Arimatea Lopes, o estudante cometeu excessos ao tentar fazer um discurso contra o Governo Federal, mais especificamente, contra a PEC 55 que congela os investimentos em áreas como saúde e educação pelos próximos 20 anos.

"Ele teria subido na mesa para fazer um discurso contra a PEC. O discurso é aceitável; a postura não", enfatiza o reitor.

A abordagem dos policiais foi gravada. Nas imagens é possível perceber que o aluno caminha sobre mesas do RU e, em seguida, é contido. José Arimatea acrescenta ainda que o estudante será responsabilizado pelo ato.

"Vimos as imagens, estamos apurando e vamos responsabilizar a pessoa que cometeu aquele ato dentro do RU. É um outro ato que não admitimos que aconteça, esse abuso em relação a postura nesse movimento. Respeitamos esse movimento que também é nacional, de luta contra o congelamento de recursos para a Educação, ao qual nós também somos contra. Porém, não podemos admitir nenhum tipo de excesso", finaliza.

Protesto contra professor

Em entrevista aoa Notícia da Manhã, o reitor da Ufpi, comentou ainda sobre o tumulto ocorrido entre estudantes e o professor Ramon Lima, que ficou trancado dentro da sala administrativa do CCHL. Do lado de fora, mais de 100 alunos fizeram manifestação contra o docente e o acusavam de racismo e homofobia.

"Não recebemos nenhuma denúncia formal contra esse professor. Tenho conhecimento de algumas manifestações do professor nas redes sociais, mas formalmente, não houve nenhuma denúncia por parte dos estudantes que se sentiram ofendidos", disse o Arimatea.

O reitor afirma ainda que não há nenhum processo administrativo disciplinar contra o professor. Assim como ocorreu durante ocupação dos estudantes na reitoria, José Arimatea disse que preza pela diálogo.

"Sempre assumimos uma postura democrática e dialógica, ouvindo e conversando com a comunidade. Contudo, não vamos admitir excessos. Ninguém pode ameaçar a integridade física de qualquer pessoa na comunidade acadêmica, ninguém pode depredar o patrimônio público. Vamos coibir energicamente como fizemos ontem, quando chamamos a Polícia Federal para atuar no caso e que o desfecho fosse o menos danoso possível", finaliza José Arimatea Lopes.

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