Afogamentos quase dobram no Piauí em 2025 e Bombeiros reforça orientações

20/12/2025 20h08


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Renato Andrade/Cidadeverde.comAfogamentos quase dobram no Piauí em 2025 e Bombeiros reforça orientações.(Imagem:Renato Andrade/Cidadeverde.com)Afogamentos quase dobram no Piauí em 2025 e Bombeiros reforça orientações.

O número de afogamentos registrados no Piauí em 2025 acende um alerta para as autoridades e para a população. Até o momento, já foram contabilizados 49 casos, quase o dobro do total registrado durante todo o ano de 2024, quando foram confirmados 27. O aumento das ocorrências preocupa o Corpo de Bombeiros Militar do Piauí (CBMEPI), especialmente neste período de fim de ano quando há uma maior procura por praias, barragens e açudes.

De acordo com o CBMEPI, a elevação dos casos está diretamente relacionada à intensificação das atividades de lazer em ambientes aquáticos, muitas vezes associadas ao consumo de bebida alcoólica e ao desconhecimento dos riscos naturais desses locais. Segundo a coronel Najila Nunes, relações-públicas da corporação, a prevenção deve começar antes mesmo da chegada ao destino.

“Sempre orientamos que as pessoas planejem as suas viagens e conheçam o local que elas vão frequentar, peçam informações anteriormente. Inclusive quando chegar ao local, peça informação pra barraqueiros, ribeirinhos, da população que já está ali dos locais que são propícios para banho, porque a gente falando na natureza tem que lembrar que elas mudam constantemente de um dia pra outro”, alerta.

Outro fator de risco recorrente, segundo os bombeiros, é o consumo de álcool. “Jamais ingerir bebida alcoólica, porque o álcool não combina com a natação de forma alguma. Retarda seus movimentos, você não percebe o perigo e ainda que perceba, não consegue nem se salvar e nem salvar outras pessoas”, reforça a coronel.

O uso de equipamentos de segurança também é apontado como essencial, inclusive para quem sabe nadar. “As pessoas, mesmo sabendo nadar, devem adquirir o hábito de usar equipamentos de proteção como boias e colete salva-vidas. Essas boias não podem ser qualquer boias, têm que ser boias de espuma, revestidas de neoprene, principalmente quando a gente fala das crianças”, explica Nunes.

A atenção deve ser redobrada no caso do público infantil. “Sempre crianças sob a supervisão de um adulto responsável, maior de 18 anos e que saiba nadar. A gente tem que falar que natação é uma medida de segurança. Se eu não sei nadar, eu não devo adentrar nesses balneários”, acrescenta.

O CBMEPI também orienta sobre como agir diante de uma situação de afogamento. “Nunca fazer o contato físico direto com uma pessoa que esteja se afogando, porque você pode se tornar outra vítima. Oferte um objeto de flutuação, como uma garrafa pet tampada, um isopor ou uma corda”, orienta a coronel.

Outro cuidado importante envolve mergulhos e o acesso a áreas rochosas. “Evite mergulhos de cabeça em locais que você não conheça. Pode haver galhos ou pedras que se deslocaram. Evitem também ficar nas pedras próximas do mar para tirar fotos, porque muitas pessoas acabam se acidentando e se afogando ou sofrendo lesões”, conclui.

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Tópicos: pessoas, cbmepi, boias