7ª Vara retoma julgamento da operação Pioneiros sobre tráfico

23/07/2017 08h23


Fonte Cidadeverde.com

O juiz da 7ª Vara Criminal, Almir Abib Tajra, retomou, nesta sexta-feira (21), a audiência de instrução e julgamento dos acusados de participação no esquema de tráfico de drogas, presos em 2013, durante operação Pioneiros, deflagrada pela Polícia Federal. Entre os réus está João Alves, conhecido como Velho Zeza. Ao todo, 26 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Piauí no processo.

A previsão é que o julgamento ocorra em março de 2018. O réu foi considerado pela polícia como um dos maiores traficantes de drogas de Teresina (PI) e já responde a outros processos, inclusive, homicídio.

"A audiência foi dividida devido a complexidade do processo que tem muitos acusados, dezenas de advogados e testemunhas. Já interrogamos seis réus, hoje vamos ouvir mais seis e dá continuidade a instrução",
declarou o magistrado. "Devido a complexidade do processo, hoje vamos concluir a parte de interrogatório e vamos marcar a audiência para ouvir testemunhas. Acredito que em fevereiro ou março de 2018 ocorra o julgamento", disse o titular da 7ª vara criminal.

Imagem: Cidadeverde.com7ª Vara retoma julgamento da operação Pioneiros sobre tráfico(Imagem:Cidadeverde.com)

Na última sexta-feira (21), deverão ser ouvidos Flávio Gilvan, Eduardo Silva, Francisco Rosendo Soares, Cleberson de Oliveira, Erinaldo dos Santos e Antônio Pereira de Sousa. Dos demais réus, um já é falecido, um será interrogado por carta precatória, outros são considerados foragidos e tiveram o processo desmembrado.

Todos os réus da operação Pioneiro estão em liberdade por excesso de prazo. Velho Zeza não compareceu à sessão de hoje por ter sido ouvido na semana passada. Devido a idade e problemas de saúde, o advogado pediu a dispensa da presença do cliente.

"Sobre o tráfico e associação imputadas a ele, não têm nenhum substrato fático que possa levar à autoria ao senhor João Alves. Isso se tratou de uma operação em 2013 onde foram foram encontradas armas na casa de um dos filhos dele e ele também estava lá e acabou caindo nessa situação. Esse processo tramita há cerca de três anos e até agora não se tem provas contra ele. Hpje, vamos colher a prova que foi trazida pela acusação para saber se tem ou não indícios de autoria comprovada para que se possa sustentar a pretendida condenação que o MP quer. Sabemos que não há provas de que o senhor João Alves tenha participação nesse crime que está sendo investigado na 7ª vara criminal",
disse Francisco Silva, advogado de defesa de Velho Zeza.

Os réus são acusados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. A operação Pioneiros teve grande repercussão em relação a quantidade de envolvidos, ramificação da organização criminosa e valores em bens sequestrados, cerca de R$ 2,8 milhões.

"A maioria dos bens foram devolvidos por falta de comprovação, mas a Justiça ainda está em poder de alguns imóveis, que representa uma quantia significativa, que ultrapassa um milhão"
, finaliza o juiz Almir Abib Tajra.

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