Seis capitais que somam 45% das mortes já iniciam flexibilização

07/06/2020 10h19


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoSeis capitais que somam 45% das mortes já iniciam flexibilização(Imagem:Reprodução)
As seis capitais brasileiras que concentram 45% das mais de 34 mil mortes causadas pelo novo coronavírus iniciaram planos de flexibilização da quarentena nesta semana. Especialistas, no entanto, apontam negligência nessa iniciativa. Observam que, embora prefeituras e governos estaduais usem como argumento a queda das taxas de ocupação em UTIs, as curvas de casos e de óbitos estão ascendentes. As informações são do G1.

A última capital a iniciar a flexibilização foi São Paulo, onde concessionárias e escritórios reabriram com atendimento limitado a 4h por dia nesta sexta-feira (5).

Na segunda-feira (1°), Belém, Fortaleza, Manaus e Recife começaram a aplicar seus planos de abertura gradual. E, na terça-feira (2), o Rio tomou as primeiras medidas para sair da quarentena. Entre as medidas de afrouxamento do isolamento social na cidade estão atividades esportivos nos calçadões e no mar, além do funcionamento de lojas de móveis e decoração e de concessionárias de automóveis.

Nessas seis cidades já foram confirmadas mais de mil mortes pela Covid-19, e todas elas ainda apresentam curvas ascendentes de casos e mortes, mas as prefeituras argumentam que o número de mortes diárias está desacelerando e que a lotação dos leitos de UTI está estável ou baixando. Tais fatores justificariam o início de uma "abertura gradual".

Há ainda outro agravante: Rio, Fortaleza e Recife estão na época de maior incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), segundo séries históricas do InfoGripe, sistema de monitoramento da Fiocruz.

A síndrome está associada à circulação dos vírus respiratórios, que costuma ser maior exatamente nesta época na maior parte do país. Pesquisadores, infectologistas e outros profissionais de saúde que acompanham a pandemia do coronavírus desde o início defendem manter as regras de isolamento social por mais tempo para tentar segurar a curva de crescimento dos casos e mortes.


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