Ao lado de Berlusconi, Lula evita comentar caso Battisti
29/06/2010 16h37Fonte R7
Imagem: por Ricardo StuckertClique para ampliar
Lula deu uma camisa da seleção brasileira de presente para Berlusconi
Lula deu uma camisa da seleção brasileira de presente para BerlusconiO presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou nesta terça-feira (29) comentar o caso do ex-ativista Cesare Battisti durante a entrevista coletiva que concedeu ao lado do premiê italiano, Silvio Berlusconi, em São Paulo. Ele voltou a afirmar que só irá se pronunciar após ter em mãos o parecer da AGU (Advocacia-Geral da União).
- Eu tenho dito desde o primeiro dia que só me pronunciarei sobre o caso quando os autos do processo estiverem no meu gabinete com o parecer da AGU, que é quem vai me orientar.
Lula disse que não há prazo para anunciar sua decisão, e que não deixaria de tomá-la devido ao momento eleitoral vivido pelo país.
- A AGU está estudando a decisão da Suprema Corte, e tem o tempo que for necessário para me dar um parecer adequado. E quando me der eu vou votar independentemente do processo eleitoral.
De acordo com o presidente, o caso de Cesare Battisti tem um fundo jurídico, não político, e por isso não afetará as “fortes” relações entre Brasil e Itália caso o ex-ativista permaneça no país.
- Qualquer que seja a decisão, não trará nenhum arranhão para a relação entre Itália e Brasil. Confesso que tomarei com muita tranquilidade essa decisão. Conheço gente que é a favor e contra, mas não me preocupo com isso. Tenho que me preocupar com a decisão brasileira, que será soberana e com base nos autos do processo e na orientação da AGU.
O Estado italiano requer a extradição de Battisti, acusado de ter cometido quatro assassinatos na década de 1970. Os crimes ocorreram quando Battisti integrava a organização de extrema esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) recomendou a extradição, mas delegou o parecer final a Lula, que deve tomar sua decisão com base em um tratado bilateral.
Há a expectativa de que o presidente divulgue seu entendimento antes de deixar o cargo, o que ocorrerá em janeiro. Battisti está detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Em janeiro do ano passado, ele recebeu do então ministro da Justiça, Tarso Genro, o status de refugiado político, mas o benefício foi anulado pela decisão do STF favorável a sua extradição.
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