Grupo pratica ação de vandalismo na estátua em homenagem ao Dr. Sebastião Martins

08/09/2011 13h10

Na madrugada desta quarta-feira (sete de setembro) na Praça da Igreja Matriz, que recebe o nome de Praça Sebastião Martins, em homenagem ao mesmo, a sua estátua foi vítima de vandalismo.

Um grupo que se alto-intitulam “ANONYMOUS” colou um papel em forma de máscara no rosto da estátua e deixaram mais dois outros papeis um convocando as pessoas a acessarem um site do mesmo e o outro escrito “diga não a corrupção”.

Em visita ao site encontramos as seguintes frases: O plano de. Um ano. Três fases.Um mundo de mudanças. Linha de frente da resistência organizada e pacífica, legal. E em seguida aparece um local convidado a fazer cadastro no site.

Dr. Sebastião Martins era filho de Sebastião Martins de Araújo Costa e de Adelaide Francisca da Rocha Martins, ambos oriundos de famílias tradicionais dos municípios de Bom Jesus, Bertolínia e Jerumenha (onde nasceu). Foi médico, político, historiador e genealogista. Antes de exercer a profissão de médico em Floriano, passou um breve período no interior baiano de Xique-Xique.

Dr. Sebastião teve destacada influência na instalação das seguintes unidades de saúde de Floriano: Delegacia de Saúde, em 1931, Dispensário de Assistência Médica em 1933, Centro de Saúde em 1939, Posto de Puericultura "José Camilo da Silveira" e os postos de controle da malária e do tracoma.

Foi Diretor do Hospital Miguel Couto, de Floriano, em sua reabertura em 1947, tendo, nessa época, contado com a colaboração do Dr. Ulisses Marques.

Dr. Sebastião candidatou-se a prefeito de Floriano, em 1948. Seu mandato foi de 21 de abril de 1948 a 31 de janeiro de 1951. Entre seus feitos políticos pode-se citar, dentre outras coisas, a Praça João Pessoa (denominada Dr. Sebastião Martins, após a sua morte), inaugurada, em janeiro de 1950. Em 1954 elegeu-se pela segunda vez, do seu segundo mandato, destacam-se as seguintes realizações: Usina Termo-Elétrica Maria Bonita, rede de abastecimento d’água e, ainda, o Cais do Porto.

Com o agravamento de sua saúde, em setembro de 1956, foi licenciado pela Câmara, viajou primeiro para a Bahia, depois para o Rio de Janeiro, à procura de recursos médicos, mas não encontrou cura e faleceu no aeroporto do Galeão, quando regressava para Floriano, em 3 de novembro de 1956, vítima de edema pulmonar agudo. Foi sepultado em 5 de novembro de 1956 no cemitério local, onde recebeu consagradas homenagens póstumas.