Familia de Joaquim, rapaz assassinado pela namorada em Julho desse ano, pede justiça

14/09/2010 23h12

Na manhã do dia 09 Julho de 2010 o município de Floriano ficou chocado com a noticia de que uma estudante de enfermagem havia assassinado o namorado na noite do dia 08, por volta das 23:30h.

Na época a imprensa local e estadual noticiou o seguinte: “A estudante Maria Dalila Santana de Miranda, 21 anos, é acusada de assassinar a facadas o namorado, Joaquim Antônio Vieira da Silva, 22 anos. O crime aconteceu por volta das 11:30h da noite na casa da estudante, na rua Defala Attem. Joaquim foi atingido com uma facada no peito esquerdo e morreu na hora. O caso foi registrado e esta sendo investigado pela policia civil do 2º distrito. Maria Dalila foi presa em flagrante.Um amigo da vitima esteve no local e foi convocado para prestar depoimento a policia.”

A noticia do assassinato de Joaquim pegou a família de surpresa. Filho único, Joaquim estava trabalhando com o pai no estado do Goiás, como técnico em laboratório, e tinha vindo a Floriano para festejar o aniversário da mãe, a funcionária pública aposentada Maria da Conceição Vieira Mousinho. Dona Ceiça como é conhecida, troca de idade dia 08 de Julho, data em que seu filho foi morto.

Em entrevista a nossa reportagem, dona Ceiça, expressa revolta e tristeza, se mostra profundamente magoada com o que aconteceu. Ela diz que a mulher que matou o filho dela viva dentro da casa da família. “Ele (Joaquim) amava mais ela (Dalila) do que ela meu filho” – disse. Dona Ceiça também revelou que o pai do Joaquim, o senhor Antônio nunca aprovou o namoro do filho e que fazia de tudo para separar o casal.

Muito triste, dona Ceiça relembrou o dia 08 de julho deste ano: “No dia do meu aniversário meu o filho organizou um pequeno churrasco com os amigos para festejar comigo e minhas amigas. Ela (Dalila) esteve presente na minha casa o tempo todo. Falou com meus vizinhos, almoçou na minha casa. Eu respeitava a escolha do meu filho. Eles não brigaram. No fim da tarde, ele foi deixar ela em casa para se arrumar, eles iriam brincar num bloco. Ele chegou em casa tomou banho e vestiu o abada e saiu com ela.” Com essas palavras dona Ceiça não conseguiu segurar as lágrimas.

Ela lembra que ao ver o corpo do filho notou vários machucados. Pensando em como o filho morreu e lembrando dos machucados que ela viu no corpo dele, dona Ceiça e familiares chegam a pensar que no momento do crime poderia ter uma terceira pessoa na casa. “Eu acho que quando meu filho chegou na casa da Dalila, ele encontrou uma outra pessoa com ela, pois o que fizeram com meu filho não se justifica ter sido apenas ela. Tinha uma terceira pessoa sim, pois o estrago que ela fez com meu filho, ela não fez sozinha. Meu filho não se defendeu!” – disse dona Ceiça, já muito abalada.

No dia 21 de julho, Maria Dalila consegue na justiça o direito de responder ao processo em liberdade, veja o que noticiou a imprensa na época: “Já está em liberdade a estudante de Maria Dalila Santana Miranda. Ela foi presa em flagrante por ter matado o namorado Joaquim Vieira da Silva, de 22 anos, em Floriano. O juiz da primeira vara criminal Noé Pacheco acatou o pedido de habeas corpus, que alegou legítima defesa da acusada. Dalila estava presa no segundo distrito policial e seria transferida esta semana para o presídio feminino em Teresina.
De acordo com o juiz Noé Pacheco, não há motivos para Dalila ser mantida presa, já que ela é ré primária, tem bons antecedentes e está colaborando com as investigações. O juiz disse ainda que a liberdade provisória da estudante só será revogada se ela não comparecer aos chamados da justiça.”

A noticia de que Dalila iria responder ao processo em liberdade, revoltou a família e os amigos de Joaquim Antônio. Eles pedem que o caso vá a júri popular – “Tem que ir a júri popular, pois ela não podia ter tirado a vida do meu filho” – falou a mãe da vitima.

A mãe de Joaquim, falou a nossa reportagem, que na casa onde a Dalila morava tinha muitos objetos pessoais do seu filho que não foram devolvidos, incluse um aparelho de TV de 14 polegadas, um aparelho de DVD e um celular. Além de fotos e algumas roupas, ela diz que nunca recebeu nenhuma dessas coisas.

A família não contratou nenhum advogado para o caso. Eles dizem que vão esperar a justiça de Deus e dos homens.

O crime aconteceu há dois meses, e o caso esta na Vara Criminal de Floriano que tem como Juiz responsável Dr. Noé Pacheco.

Veja as últimas fotos de Joaquim no dia 08 de Julho de 2010:

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