Em defesa do ACT 2013/2014, eletricitários de Floriano entraram em greve por tempo indeterminado

16/07/2013 09h06

Os trabalhadores da Eletrobrás Distribuição Piauí entraram em greve por tempo indeterminado na manhã da última segunda-feira (15). A decisão foi tomada após a realização de uma assembleia geral da categoria na cidade de Teresina-Pi.


Segundo o Presidente do Sindicato dos Urbanitários em Floriano, Luiz Gonzaga, a decisão foi tomada uma vez que a Eletrobrás não quis negociar com os trabalhadores as reivindicações acerca do Acordo Coletivo Nacional 2013/2014 e outras causas pendentes da classe.

Os trabalhadores da Eletrobrás de Floriano reivindicam o reajuste de 11,56%, Acordo Coletivo Nacional 2013/2014, com reajustes de salários e benefícios com a companhia. A contraproposta da empresa foi de um reajuste de 5%. Sem um acordo, os eletricitários decidiram cruzar os braços.


Em todo o país a Eletrobrás possui cerca de 27 mil trabalhadores. Destes, um percentual de 70% estão parados, até que a direção da empresa aponte uma nova contraproposta para que possa ser avaliada pelo CNE, FNU, os sindicatos e os trabalhadores.

De acordo com o Gerente da Eletrobrás Regional de Floriano, Abderaman Mendes, a greve dos eletricitários está sendo realizada legalmente. Segundo ele, foi feito um comunicado às empresas através da representativa dos seus trabalhadores, que é o Sindicato. Assim, a empresa acatou o direito de greve dos servidores.

“Mas nós vamos manter o sistema funcionando de forma contínua e a energia com qualidade. Só pedimos a compreensão de todos, porque a greve é um fato nacional”, completou Abderaman Mendes.

Segundo o Gerente Regional, o setor que vai ficar mais prejudicado é a área comercial, ou seja, o atendimento ao publico. Mesmo com a paralisação dos funcionários, o atendimento na cidade de Floriano não será totalmente paralisado, pois a parte de urgência e emergência vai continuar funcionando normalmente. Para isso estão a postos cerca de 20 equipes multifuncionais para cobrir todo o departamento nos serviços básicos à população, como desligamentos e religamentos, reparos na rede e outros serviços.


Na próxima quarta-feira (17), será realizada audiência com o Ministro Lobão, em Brasília, onde as representativas da classe estarão colocando novamente suas posições em defesa do Acordo Coletivo Nacional 2013/2014, fator previdenciário, jornada de 40 horas e protesto contra a PEC 4330/04, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMBD/GO), que permite a prática da terceirização de serviços em todas as atividades das empresas e órgãos públicos.

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