Volta da Supercopa e vagas no Mundial de Clubes geram atrito entre CBF e Conmebol
18/10/2019 14h48Fonte Globoesporte.com
Mal terminou a reunião que serviu para escolher o Maracanã como sede da final da Libertadores de 2020 e uma disputa teve início nos bastidores do futebol sul-americano. De um lado a Conmebol; do outro a CBF, a afiliada mais poderosa.Na busca por uma fórmula para preencher as seis vagas a que tem direito no Mundial de Clubes de 2021, a Conmebol acenou com a recriação da Supercopa dos Campeões da Libertadores.
O torneio — que existiu num breve período dos anos 90 — seria disputado entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, reuniria todos os campeões da história da Libertadores e premiaria dois times com vagas no Mundial de Clubes da Fifa, a ser disputado em meados de 2021. O formato da competição está em estudo.
Imagem: Alexandre Loureiro/BP Filmes
Maracanã será o palco da final da Libertadores de 2020.
Maracanã será o palco da final da Libertadores de 2020.As demais quatro vagas, sempre segundo o plano apresentado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, seriam dadas aos campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana de 2021.
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, reagiu imediatamente. Primeiro, rebateu a ideia já durante a reunião do Conselho da Conmebol, na tarde de quinta-feira. Ao fim da reunião, declarou o seguinte:
— Quando houve a colocação dessa possibilidade, imediatamente manifestei que não há hipótese de os clubes brasileiros participarem desse torneio. Não temos nenhuma data disponível e não iremos sacrificar as férias e o período de pré-temporada no Brasil.
A CBF também discorda do critério de distribuição das vagas no Mundial (a América do Sul tem direito a seis) proposto por Domínguez. Para a entidade brasileira, a Libertadores merece ter mais peso do que a Sul-Americana.
Imagem: Tossiro Neto
Rogério Caboclo diz que "não há hipótese de os clubes brasileiros participarem desse torneio".
Rogério Caboclo diz que "não há hipótese de os clubes brasileiros participarem desse torneio".A CBF prefere que os campeões da Libertadores entre 2017 e 2020 tenham lugar garantido — e que as demais duas vagas sejam disputadas por times que venham da Sul-Americana.
Cada lado tem seus aliados na briga. A CBF espera ter o apoio da Fifa, que gostaria de ver seu novo torneio de clubes lustrado com a presença de campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões da Uefa.
A Conmebol, por sua vez, conta com o entusiasmo dos clubes — especialmente daqueles que um dia ganharam a Libertadores e hoje estão longe de conseguir repetir a façanha. Com a recriação da Supercopa, todos eles voltariam a ter a chance de voltar a disputar um Mundial de Clubes.
Não há um prazo estipulado para que uma decisão seja tomada, mas a Fifa tem alguma pressa — até para começar a badalar seu novo torneio, que substitui o velho Mundial de Clubes (as últimas edições no atual formato serão em 2019 e 2020).
Na semana que vem, a cúpula da Fifa se reúne em Xangai para anunciar a sede do Mundial de Clubes de 2021. A China é favorita para receber a primeira edição.
As próximas rodadas de negociação dentro da Conmebol serão em 8 de novembro, na véspera da final da Copa Sul-Americana, em Assunção, e em 3 de dezembro, no sorteio da Copa América, em Cartagena, Colômbia.
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