Quarteto de atacantes é elogiado e supera a média de gols da era Tite

11/06/2018 14h50


Fonte FOLHAPRESS

Imagem: Pedro Martins/MoWa PressClique para ampliarQuarteto de atacantes é elogiado e supera a média de gols da era Tite.(Imagem:Pedro Martins/MoWa Press)

Pela primeira vez juntos desde o início de uma partida, o quarteto formado por Philippe Coutinho, Neymar, Willian e Gabriel Jesus mostrou que pode ser o diferencial da seleção brasileira.

A escalação do quarteto ofensivo é parte da estratégia de Tite para furar a retranca da Suíça, rival da estreia no Mundial, no domingo (17).

Em seguida, o Brasil enfrenta a Costa Rica, no dia 22, em São Petersburgo. O adversário da América Central usa o 5-4-1, assim como a Áustria, vencida por 3 a 0 neste domingo (10), em Viena.

Com os três gols, a seleção fecha o período pré-Copa com 47 gols marcados -média de 2,23 por partida.

Independente da formação, o time de Tite marcou em 18 dos 21 jogos. Passou em branco apenas na derrota para a Argentina, única até agora sob o comando do treinador, e nos empates diante de Bolívia e Inglaterra.

Além da partida contra a Áustria, Neymar, Coutinho, Willian e Gabriel Jesus atuaram juntos em apenas três ocasiões. Mesmo assim, Tite só lançou os quatro no segundo tempo: 25 minutos contra o Equador, em Porto Alegre, 16 minutos diante da Colômbia, fora de casa -ambas pelas eliminatórias sul-americanas-, e 15 minutos da etapa final diante da Croácia, no dia 3.

Tite elogiou o entrosamento e a amizade do quarteto.

"Esse grupo se gosta tanto. Se um tiver que abrir mão do gol para dar para outro, vai abrir. Não tem uma relação de profissionalismo, mas de amizade"
, disse o treinador, acrescentando que vai dar "uma dura" em Willian, que preferiu dar uma assistência quando deveria chutar.

Desde o empate contra a Inglaterra por 0 a 0 em novembro do ano passado, quando a seleção teve dificuldades para passar pela linha defensiva de cinco do adversário, Tite pensava em testar este quarteto.

A queda de rendimento de Renato Augusto, titular na campanha das eliminatórias, ajudou a convencê-lo.

O treinador chegou a testar essa formação contra a Rússia no amistoso realizado em março, mas colocou Douglas Costa na vaga de Neymar, que estava machucado.

Apesar de o quarteto ter tido sucesso neste domingo, eles tiveram dificuldades no início do amistoso. O time sofreu para penetrar na área da Áustria na etapa inicial. A única vez que conseguiu foi com Paulinho, mas o goleiro adversário defendeu. O gol marcado no primeiro tempo, inclusive, teve uma dose de sorte.

Marcelo arriscou da intermediária, a bola bateu na defesa e sobrou para Gabriel Jesus, livre, finalizar aos 34 minutos.

Com a vantagem no placar, o quarteto ofensivo envolveu a Áustria no segundo tempo e poderia ter feito mais gols, além dos marcados por Neymar e Coutinho. Os quatro trocaram passes com rapidez e confundiram o sistema defensivo rival, destaque do time comandado por Franco Foda, que vinha de quatro vitórias consecutivas, inclusive sobre a Alemanha.

Além dos gols de Jesus, Neymar e Coutinho, Willian, o quarto membro do quarteto, participou com uma assistência para o camisa 10 no lance do segundo gol.

Firmino, que substituiu Jesus durante a etapa complementar, participou da jogada do terceiro gol com uma assistência para Coutinho.

Apesar disso, Tite evitou confirmar o quarteto na estreia contra a Suíça.

"Falo o time na sexta. Agora estou na adrenalina. Não tenho costumo adiantar o time. A derrota te ensina. Se a gente perde para a Áustria, teria uma desculpa. A concentração competitiva desses atletas é elogiável. Hoje essa equipe deu um exemplo de que está amadurecendo. Veio para um jogo de contato e teve um grande desempenho",
disse Tite, que elogiou a atuação de Coutinho.

O atacante do Paris Saint-German operou o pé direito em março e corria o risco de ficar fora da Copa.

"Não sei o limite dele. Sua capacidade técnica e criativa é impressionante. Quando o acionamos no último terço do campo, ele é letal."

Na nova formação, Coutinho atua mais centralizado e também cai pelo lado esquerdo para ajudar Marcelo. "Ele vai se desafiando e evoluindo. No Liverpool, jogou bastante assim. Para mim, ele pode jogar nessa posição [centralizado]", explicou Tite.

Se optar por uma formação mais conservadora, o treinador deve colocar o meio-campista Fernandinho, que atuaria mais pelo lado esquerdo e ajudaria na cobertura de Marcelo. Assim, Willian pode sair do time.

Contra a Croácia, a seleção teve dificuldades no primeiro tempo com o jogador do Manchester City e só abriu o placar com a entrada de Neymar.

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