Palmeiras vive bastidores em ebulição, e protestos contra a gestão de Leila Pereira aumentam

24/10/2023 11h04


Fonte ge

Imagem: Thiago FerriProtesto da torcida do Palmeiras: Protesto da torcida do Palmeiras: "Ditadura na SEP?"

Enquanto o Palmeiras tenta se fechar na Academia de Futebol e recuperar o desempenho para terminar o ano ao menos com uma vaga direta na Conmebol Libertadores, na sede social o clima é de ebulição nos bastidores.

Nessa segunda-feira, um grupo de palmeirenses foi à porta do clube protestar, convocados pela torcida Mancha Alviverde, antiga aliada e hoje rompida com Leila, além de conselheiros de oposição.

O Conselho Deliberativo (CD) era o principal alvo, mas a presidente também foi contestada em cantos:

"Cumpra seu papel! Vende o avião e ajuda o Abel"
"Não é mole, não! A ditadura se instaurou no meu Verdão"
"Olê-lê, olá-lá, nós somos o 1% que veio para atormentar"

Há uma série de reclamações por falta de transparência, além de conflitos de interesses, pois a presidente é dona das patrocinadoras do clube e agora também do avião que a delegação usa para viajar, além da alegação de que opositores estão sendo perseguidos.

Há dois argumentos para a acusação: os 26 conselheiros que fizeram críticas públicas à atual gestão não tem mais direito às entradas que antes eram dadas pelo Palmeiras. Eles já avisaram que "não vão se curvar".

Leila respondeu na sua última polêmica entrevista coletiva que dar os ingressos a membros do Conselho Deliberativo era uma liberalidade da presidência e que não a manteria para quem quer "destruir" sua gestão.

Houve, também, um manifesto de consulados (grupos de associados que representam o clube em cidades pelo Brasil e o mundo) fazendo críticas à diretoria.
Imagem: Marcos RibolliLeila Pereira antes de Palmeiras x Santos(Imagem:Marcos Ribolli)Leila Pereira antes de Palmeiras x Santos

O departamento de interior do Palmeiras, responsável pelo relacionamento com estes torcedores, rebateu em nota oficial de que este era um movimento de ex-cônsules e não representava a opinião de mais de 220 consulados oficiais. Pouco depois, quase 50 consulados foram desligados.

Na segunda, um novo manifesto assinado por 63 membros de 54 consulados diferentes voltou a criticar a gestão, rebatendo a nota oficial.

Na derrota para o Atlético-MG, quinta-feira, torcedores também protestaram nas arquibancadas e puxaram cantos contra Leila e o diretor de futebol Anderson Barros. Este deve ser o clima nas partidas finais que o Verdão mandar até o fim do Brasileirão.

A dirigente, em compensação, rebate as acusações de conflito de interesses, afirma que não mudará seus planos e inclusive bancou Barros no cargo. Ela repetiu o discurso no fim da reunião dessa segunda no Conselho, quando rebateu os questionamentos de opositores.

Oposição começa a se unir

Desde a última entrevista de Leila, que repercutiu muito mal internamente, a oposição começou um movimento de união para tentar mexer com o grupo de situação, que ainda domina a política alviverde.

Com a maioria dos membros do Conselho Deliberativo (CD) e do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) ligados à gestão, a atual presidente segue como a grande favorita para a eleição do ano que vem, em que tentará a reeleição.

Há, contudo, uma movimentação maior entre políticos insatisfeitos para organizar movimentos de oposição. Como publicou o Uol, já passou para 43 o número de conselheiros que assinaram um documento cobrando explicações da presidente.

Acredita-se que este número pode continuar a subir e em breve passar dos 50, com os acontecimentos recentes.

A reunião do CD na segunda acabou servindo de pano de fundo para esta disputa política, quando conselheiros de oposição e da situação pediram o espaço para questionar a diretoria e defendê-la, respectivamente, em discursos.

Os conselheiros ligados ao governo, por outro lado, saíram na noite de segunda com a sensação de que a reunião foi boa para Leila e a situação está fortalecida, já que o grupo de críticos da gestão, ainda que tenha aumentado, está abaixo do número de votos que o candidato de oposição do Conselho Deliberativo levou na última eleição.

Maurício Galiotte, antecessor de Leila, segue como parte da situação e é figura importante nos bastidores do clube social. Já Paulo Nobre, que se afastou da política depois que deixou o clube, até chegou a fazer uma carta aberta com críticas à atual presidente, mas não tem planos de concorrer contra ela no ano que vem.


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Tópicos: presidente, clube, conselho