Neymar de 10? Tite cogita nova posição para o atacante na Seleção

02/09/2019 14h36


Fonte Globoesporte.com

Os hiatos entre jogos da seleção brasileira acumulam ideias na cabeça da comissão técnica. Uma delas para os amistosos contra Colômbia e Peru, nos próximos dias, é escalar Neymar numa posição mais central, com funções de um camisa 10.

Nas últimas 11 partidas do Brasil, Neymar participou de apenas 27 minutos. As lesões estabeleceram uma rotina sem o protagonista, aliviada pela conquista da Copa América. Tite não pretende levá-la adiante, reiterou por diversas vezes, mas o momento se apresenta adequado para novas experiências.
Imagem: Pedro Martins / MoWA PressNeymar deve ser titular da Seleção nos dois amistosos.(Imagem:Pedro Martins / MoWA Press)Neymar deve ser titular da Seleção nos dois amistosos.

Só os treinos da semana e uma análise mais profunda sobre seu próprio grupo de atletas e também os adversários levarão Tite à decisão final de deslocar seu melhor jogador. Durante seus três anos de trabalho, o treinador entendeu ser maior o poder de desequilíbrio de Neymar pelo lado esquerdo, na região que lhe proporcionou os melhores momentos no Santos, Barcelona e na própria Seleção.

Por que, então, a intenção de mudar sua posição? Alguns fatores contribuem:

Everton
Depois da entrevista coletiva posterior ao título da Copa América, Tite encerrou a resenha com os jornalistas com uma brincadeira em resposta ao questionamento sobre acomodar Neymar e Everton na equipe:

– São eles e mais nove – disse, rindo.

Não é bem assim, mas as atuações do Cebolinha na vitoriosa campanha da Seleção levaram a comissão técnica a debater maneiras de torná-lo um titular mais frequente. O atacante só não está convocado agora pelo conflito de datas com a semifinal da Copa do Brasil, mas certamente voltará assim que o calendário permitir.
Imagem: Marcos RibolliEverton ganhou muitos pontos na campanha vitoriosa da Copa América.(Imagem:Marcos Ribolli)Everton ganhou muitos pontos na campanha vitoriosa da Copa América.

A procura por um “10”
A migração do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1, muito por conta do melhor ajuste entre os volantes Casemiro e Arthur, tornou mais necessária a presença de um jogador com valências de camisa 10, um meia que parta do centro para buscar espaços e se aproximar dos três homens mais ofensivos – dois abertos e o centroavante.

Na Copa América, Philippe Coutinho foi esse jogador. Não convenceu, embora tenha apresentado bons momentos, especialmente diante de rivais mais frágeis. Sua melhor versão na Seleção de Tite continua sendo a do meio-campista que partia do lado para o centro, buscando espaços e companheiros para triangular.

Coutinho, inclusive, pode até se transformar no homem da esquerda, enquanto a Seleção estiver em Everton. Ambos têm características distintas. Coutinho de flutuação, Everton de agudez, velocidade. Podem ocupar a mesma posição com funções diferentes.

PSG
A faixa central não seria total novidade para Neymar. O alemão Thomas Tüchel atribuiu ao brasileiro a atribuição de ditar o ritmo ofensivo do clube francês, com Cavani e Mbappé mais adiantados. Antes de ser parado pelas lesões, Neymar apresentava rendimento muito bom.

A menos de 24 horas do fechamento da janela, é cada vez mais provável sua permanência no PSG. O litígio com torcedores e dirigentes há de ser resolvido, não é razoável imaginar um jogador com sua capacidade fora de ação. Em suas entrevistas recentes, Tüchel citou tentativas frustradas de encontrar em Di María e Draxler seu 10. O lugar parece destinado a Neymar.

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Tópicos: copa, jogador, neymar