"Não faço milagres, não tenho varinha mágica", diz Vítor Pereira após derrota do Corinthians

18/03/2022 11h11


Fonte Globo esporte

Imagem: ReproduçãoO Corinthians já está classificado para as quartas de final do Paulistão e tem assegurada a liderança do Grupo A. O Timão encerra a participação na primeira fase da competição no d(Imagem:Reprodução)
 O técnico Vítor Pereira reconheceu erros do Corinthians na derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, nesta quinta-feira, mas em mais de um momento de sua entrevista coletiva ressaltou o pouco tempo de trabalho que tem à frente da equipe.

No Brasil há cerca de duas semanas, o português comandou o Timão em três jogos, sendo dois deles clássicos – antes do Dérbi, ele já havia perdido para o rival São Paulo e vencido a Ponte Preta.

– Fundamentalmente, foram dois clássicos jogados, um com três dias de trabalho e outro com duas semanas, contra um clube que tem dois anos de trabalho. Eles têm dois anos de trabalho, nós, duas semanas. Não é fácil construir um processo de jogo, não faço milagres, não tenho varinha mágica, não sou mágico – comentou Vítor Pereira, que também apontou uma permissividade do árbitro Matheus Candançan com as faltas do Palmeiras.

– Hoje tivemos um adversário mais forte, mais agressivo do que a Ponte Preta, um árbitro que deixou também que a agressividade estivesse sempre no limite e não conseguimos de fato nos libertar daquela pressão. No segundo tempo tivemos um bocadinho mais de paciência, que foi um erro que cometemos na primeira parte, quando a bola entrava no corredor e queríamos acelerar, entrar nesse corredor, não tivemos a intenção de ligar corredores, tivemos dificuldades por aí e por alguma falta de mobilidade. No segundo tempo já não vi o Palmeiras da mesma forma, conseguimos libertar-nos em alguns momentos, e o que acabou por decidir o jogo foi uma falta que para mim não foi, na entrada da área, e depois acabamos por sofrer o gol nesse escanteio.

Ao analisar a partida, o treinador português pontuou falhas corintianas, sobretudo no aspecto ofensivo:

– Normalmente não sou treinador de arranjar muitas desculpas, sou treinador para analisar a realidade, o que se passou no meu ponto de vista. Então o que aconteceu: tivemos dificuldade em perceber os espaços, por méritos do Palmeiras, que nos pressionou, com muitas pressões individualizadas, no portador da bola. Faltou-nos mobilidade entre os meias, os extremos, e faltou movimentos à profundidade para nos libertar esses espaços. Ou seja: às vezes o espaço estava à profundidade ou necessitava de uma troca posicional para se libertar entrelinhas. Nós tivemos dificuldades – opinou Vítor Pereira, que ainda prosseguiu:

– Faltou-nos também um bocadinho de agressividade sobre os zagueiros deles. Permitimos muitas vezes o passe longo na profundidade, obrigando-nos a correr para trás. Houve uma dificuldade na construção e também, no meu ponto de vista, faltas consecutivas, com excesso de agressividade, que exigiam cartão amarelo. Depois, o Palmeiras não poderia ser tão agressivo. As coisas evoluíram assim, na segunda parte melhoramos, mas depois sofremos o gol de escanteio. Sabíamos perfeitamente daquela entrada onde se passa o gol, na entrada da pequena área, mas não fomos capazes de comunicar e antecipar a ação.

O Corinthians já está classificado para as quartas de final do Paulistão e tem assegurada a liderança do Grupo A. O Timão encerra a participação na primeira fase da competição no domingo, quando encara o Novorizontino, às 16h, fora de casa.

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