Com incentivo do Estado, atletas paralímpicos piauienses conquistam vaga para competições nacionais

23/08/2025 11h45


Fonte Governo

O esporte adaptado contribui para o desenvolvimento de competências fundamentais nos jovens, como disciplina, autonomia, coordenação motora e trabalho em equipe. A participação em fases estaduais e nacionais também reforça a inclusão social e aumenta a autoestima dos participantes. No Piauí, as Paralimpíadas Escolares Piauienses 2025 são um exemplo. Após a realização da etapa estadual, os selecionados representarão o estado na fase nacional das Paralimpíadas Escolares, que será em novembro, em São Paulo.

O evento estadual reuniu 137 atletas de 20 municípios, entre 11 e 17 anos, representando 72 escolas públicas, particulares e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). A competição estadual, promovidameio da Secretaria dos Esportes (Secepi), em parceria com as Secretarias da Educação (Seduc) e da Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), integrou, pela terceira vez, as disputas dos Jogos Escolares Piauienses (Jepis).
Imagem: DivulgaçãoA participação em fases estaduais e nacionais reforça a inclusão social e aumenta a autoestima dos participantes.(Imagem:Divulgação)A participação em fases estaduais e nacionais reforça a inclusão social e aumenta a autoestima dos participantes.

O secretário para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo, destacou a importância do evento para a valorização dos atletas. “Para nós, é um momento de muita alegria, porque mostra a importância do esporte na inclusão de pessoas com deficiência. Um aluno da cidade de Monsenhor Gil, o João, por exemplo, tem autismo e foi campeão mundial no atletismo. Isso mostra que as pessoas com deficiência precisam apenas de uma oportunidade para mostrar para a sociedade que são capazes”, frisou o gestor.

Para o treinador Jozimar Venção, que há mais de 10 anos dedica-se ao paradesporto, os mitos sobre dificuldade de treino se desfazem na prática. “A maioria dos professores tem um receio achando que eles têm dificuldade. Não, eles focam no esporte. Aqueles que realmente se dedicam saem de baixo. Muitos desses meninos têm grande dificuldade na parte teórica da escola, porque frequentemente não é motivante e a maioria não tem acompanhantes. No esporte, eles sabem que é algo concreto: podem pegar, podem fazer, podem sentir”, completa o técnico.
Imagem: DivulgaçãoCom incentivo do Estado, atletas paralímpicos piauienses conquistam vaga para competições nacionais(Imagem:Divulgação)

O projeto “Pé de Vento: Formando Cidadãos e Vencedores”, coordenado pelo treinador, atende mais de 150 atletas. Desses, 22 são PCDs, das cidades de Monsenhor Gil, Curralinhos, Passagem Franca, Barro Duro, Agricolândia, Lagoa do Piauí e Demerval Lobão. Nele, paratletas se desenvolvem para disputar campeonatos estaduais e nacionais.

O treinador acredita que o esporte paralímpico vive um momento de forte incentivo, com mais recursos e motivação para os meninos com deficiência superarem limites. “Quero ressaltar que todo esse processo e a evolução dada à participação dos meninos PCDs nas etapas, tanto estadual quanto nacional, ocorreu na época do governo do Rafael Fonteles. Quando a secretaria [dos Esportes] se estabeleceu, uma das mensagens que mais me chamou a atenção foi o compromisso real com a inclusão. Aquela frase da Josiane [secretária dos Esportes], em um dos textos de abertura dos sites da secretaria, mostrou que haveria oportunidade de fato. Foi a partir dela que passei a trabalhar com mais intensidade, e os resultados estão aí”, afirma Venção.

Monsenhor Gil foi a primeira cidade piauiense a conquistar recorde nacional na prova de 150 metros sub-16 PCD. Em 2023, o município levou três medalhas nesta mesma categoria e repetiu o desempenho em 2024. “Neste ano, chegamos com mais atletas e maior qualidade técnica. A expectativa é ampliar a conquista de medalhas no atletismo e representar ainda melhor o Piauí na etapa nacional, em São Paulo”, completa o treinador.


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Tópicos: treinador, esporte, atletas