Com demissões e redução salarial, Vasco estima corte de R$ 4 milhões nas despesas do ano
12/05/2020 10h40Fonte O Globo
Imagem: Rafael Ribeiro
Alexandre Campello, presidente do Vasco, vê time ainda em formação.
Alexandre Campello, presidente do Vasco, vê time ainda em formação.O Vasco demitiu pouco mais de 50 funcionários, em uma medida que tem como objetivo a redução de gastos. O clube já tinha anunciado redução salarial e suspensão de contratos diante da dificuldade financeira gerada pelo coronavírus. A estimativa da diretoria é que todas essas ações relacionadas ao pessoal impactem em uma redução de aproximadamente R$ 4 milhões até o fim do ano.
Internamente, o Vasco discutiu um corte ainda maior, na casa dos R$ 8 milhões nessa mesma projeção até dezembro, mas a diretoria recuou. O setor mais afetado foi o de esportes terrestres. Muitos dos demitidos trabalhavam com o atletismo e vôlei.
Na visão da diretoria financeira, a estrutura de funcionários do clube já deveria ter sido reduzida em 2019. A gestão atual não pretende repor os demitidos depois da pandemia, mesmo estando em ano eleitoral.
Em nota, o Vasco informou que ofereceu aos funcionários demitidos um acordo para parcelamento de débitos em atraso, com pagamento da primeira parcela no ato. "Também pelo acordo, fica estipulado que o clube terá de arcar com multa de 50% em caso de inadimplência do pagamento da parcela, devendo haver uma tolerância de 30 dias após o vencimento para aplicação da multa".
A equação de salários no Vasco é peculiar. Na última sexta-feira, com a entrada de recursos de direitos de transmissão, o clube pagou folha de fevereiro a funcionários que recebem até R$ 1,8 mil e atletas com menores salários do grupo. Os funcionários que recebem acima de R$ 1,8 mil tiveram depositada a quantia de R$ 1,3 mil referente a parte do vencimento de fevereiro, que está em aberto.
Em meio às dificuldades, a aposta para fugir da crise é conseguir vender algum jogador ainda em 2020.












